A
Executiva Nacional do União Brasil aprovou, por unanimidade, a expulsão do
deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) do partido. A decisão foi anunciada
na noite de domingo (24), após ser preso, suspeito de
mandar matar a vereadora Marielle Franco.
De acordo com a nota divulgada pela legenda, Brazão teve a filiação partidária
cancelada.
“A decisão da Executiva Nacional aponta que Brazão incide em ao menos três condutas ilícitas previstas no artigo 95 do Estatuto: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito, ao Regime Democrático e aos interesses partidários; falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias e violência política contra a mulher”, explicou o partido, em nota. A representação contra Chiquinho Brazão foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite (União-SP) e relatada pelo senador Efraim Filho (União-PB). Ainda no domingo, o presidente da legenda, Antonio de Rueda, havia pedido a abertura de processo disciplinar contra o parlamentar suspeito de mandar matar Marielle.
“O União Brasil repudia de maneira enfática quaisquer crimes, em especial os que atentam contra o Estado Democrático de Direito e os que envolvem a violência contra a mulher. A direção do partido manifesta profunda solidariedade às famílias de Marielle e Anderson”, finaliza a nota da legenda. O deputado federal Chiquinho Brazão está no segundo mandato na Câmara dos Deputados, eleito em outubro de 2022 com mais de 77 mil votos. Antes, ele foi vereador da cidade do Rio de Janeiro por quatro mandatos consecutivos. Ele é um dos três acusados de mandar matar a vereadora Marielle, assassinada em março de 2018, e o motorista Anderson Gomes.
“Me
parece que todo esse volumoso conjunto de documentos que
recebemos – esse é um trecho extremamente significativo
– mostra a motivação básica do assassinato da vereadora Marielle
Franco, que se opunha justamente a esse grupo que, na Câmara
Municipal do Rio de Janeiro, queria regularizar terras para usá-las
com fins comerciais, enquanto o grupo da vereadora queria usar essas terras
para fins sociais, de moradia popular”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança
Pública, Ricardo Lewandowski.
Chiquinho
Brazão divulgou nota no dia 20 de março, depois que a acusação de ser o
mandante vazou na imprensa, afirmando que ele estava “surpreendido pelas
especulações” e que o convívio com Marielle sempre foi “amitoso e cordial”.
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