O
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse na 6ª feira
(15.mar.2024) ter dado o aval para que as FDI (Forças de Defesa de Israel)
ataquem a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. O local se tornou refúgio
para os palestinos que se deslocaram de outras regiões do enclave desde o
início da guerra.
O
gabinete do premiê declarou que “Netanyahu aprovou planos para uma operação
militar em Rafah”. Sem dar mais detalhes, disse que “o exército está se
preparando operacionalmente” para as investidas e “para a evacuação dos
residentes”. As informações são da Reuters.
Líderes
de diversos países, como os EUA, pedem que Netanyahu adie o ataque a Rafah,
temendo baixas civis em massa. Israel, entretanto, afirma que a cidade é um dos
últimos redutos do Hamas. Os israelenses se comprometeram a evacuar os civis
antes de atacar Rafah, mas não disseram como isso seria feito.
O
porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os EUA
não tinham visto o plano para atacar Rafah, mas gostariam de saber como as
investidas serão realizadas. Ele disse que a proposta de cessar-fogo feita pelo
Hamas estava dentro dos limites do que era possível e declarou estar otimista
de que seria aceita pelos israelenses.
O
Hamas apresentou uma nova proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza na 6ª feira
(15.mar). Segundo a Reuters, as exigências foram recebidas por Israel como
“irreais”. O texto pede a libertação de 700 a 1.000 prisioneiros
palestinos, incluindo 100 condenados à prisão perpétua. Em troca, o Hamas
libertaria reféns israelenses. A 1ª leva incluiria mulheres, crianças, idosos e
pessoas doentes. Em um 2º momento, todos os detidos de ambos os lados seriam
libertados.
A
proposta também inclui: cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza, envio de ajuda
humanitária aos palestinos, retorno dos deslocados para suas casas e retirada
dos militares israelenses do enclave. A pressão para o fim do conflito
aumenta com alertas da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a fome em
Gaza. Segundo a Coordenação de Assuntos Humanitários da organização, 576 mil
pessoas estão prestes a passar por graves condições de desnutrição.
Via: Jair Sampaio
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