O
Sindicato dos Médicos do Ceará acionou o Ministério Público Estadual
para que seja investigada uma possível pressão sobre os profissionais para
atestarem o resultado de óbitos como “suspeita de COVID-19”, sem que exames
mais precisos sejam feitos.
“Diante da
gravidade da situação, a entidade apresentou um Pedido de Providência, nesta
quarta-feira (13), à Promotoria de Justiça da Saúde Pública do Ministério
Público Estadual do Ceará, com objetivo de investigar as informações”, escreve
a entidade em nota.
O Sindicato
também solicita que o Ministério Público providencie a criação de um canal de
comunicação específico aos médicos, com ampla divulgação, para que os
profissionais que supostamente tenham vivenciado a referida situação possam
realizar denúncias de forma virtual, por videoconferência, ou pessoalmente ao
MP, podendo ainda entregar provas materiais (se houver), bem como solicitar
sigilo se entenderem necessário.Segundo as
informações do Sindicato, o “modus operandi” das ameaças variam em sua forma,
sendo o cometimento de algumas de forma explícita e outras veladas.
Além disso, o
sindicato também salienta que esta realidade não ocorre de forma exclusiva no
Ceará. “Não é raro encontrar notícias de que a mesma situação está ocorrendo em
diversos lugares do nosso país”.
Conforme a nota
da entidade, a ordem é de que os médicos atestem o óbito no local com a causa
‘suspeita de Covid-19’, sem que tenha havido qualquer exame mais elaborado, “ou
seja, sem adotar o protocolo internacional durante epidemias e recomendações da
Organização Mundial da Saúde e do próprio Ministério da Saúde”, explica Dr.
Edmar Fernandes, presidente do Sindicato.
Terça
Livre
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