O Governo do Brasil prorrogou,
até dezembro de 2025, a campanha
de vacinação contra o HPV para adolescentes de 15 a 19 anos. A meta é
alcançar cerca de 7 milhões de jovens que não foram imunizados na idade
recomendada, entre 9 e 14 anos. É a primeira vez que essa faixa etária passa a
receber a vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma totalmente
gratuita.
Para facilitar o acesso à
proteção, a imunização está disponível em diferentes locais: Unidades Básicas
de Saúde (UBS), escolas, universidades, ginásios esportivos e shoppings. A
estratégia de resgate dos não vacinados conta com o apoio de estados e municípios
e busca assegurar que todos os adolescentes e jovens dessa faixa etária sejam
imunizados, garantindo um futuro mais saudável para as próximas gerações.
HPV — O
papilomavírus humano (HPV) é um vírus que afeta a pele e as mucosas, sendo a
infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo, afetando homens e
mulheres. Existem mais de 200 tipos de HPV, alguns dos quais podem causar
verrugas genitais, enquanto outros estão associados a tumores malignos, como o
câncer do colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta.
A vacinação contra o HPV é a
forma mais eficaz de prevenção, aliada ao uso de preservativos, que ajudam a
conter o risco de contágio.
COBERTURA — Até
o início de setembro, mais de 115 mil adolescentes e jovens já haviam sido
vacinados nessa nova etapa da estratégia. Os estados com maior número de
vacinados são: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em 2024, o Brasil
atingiu mais de 82% de cobertura vacinal entre meninas de 9 a 14 anos, índice
acima da média global, de apenas 37%, segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS). Entre os meninos da mesma idade, a cobertura chegou a 67%.
ESQUEMA —
Desde 2024, o Brasil passou a adotar a dose única da vacina contra o HPV para
crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, substituindo o modelo anterior de duas
aplicações e simplificando o acesso à imunização. A medida segue recomendações
internacionais e reforça o compromisso do país de eliminar o câncer de colo do
útero até 2030.
Para pessoas
imunocomprometidas, como pacientes com HIV/Aids, em tratamento contra o câncer
ou transplantados, o esquema continua em três doses. A mesma regra vale para
usuários de PrEP entre 15 e 45 anos e vítimas de violência sexual a partir dos
15 anos.
Via: Agora RN

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