O presidente da Venezuela,
Nicolás Maduro, afirmou que os cidadãos devem estar prontos para responder a um
eventual chamado para uma "luta armada em defesa da soberania e da
paz". O apelo ocorreu em meio à escalada de tensões com os Estados Unidos.
Durante discurso no
encerramento do Congresso Plenário do Partido Socialista Unido da Venezuela
(PSUV), em Caracas, Maduro disse que a conjuntura obriga sua base política e
social a se organizar diante do risco de confronto. "O partido do governo
popular e unificador das forças políticas e sociais do bloco histórico tem a
obrigação de se preparar estruturalmente para partir para a luta armada com a
nação venezuelana, se for necessário para defender esta terra, defender nosso
povo, defender e afirmar nossa história de dignidade. Nunca acreditei que
pudesse pronunciar estas palavras, mas as circunstâncias históricas nos obrigam
por responsabilidade", declarou.
O que está por trás da
convocação?
Na véspera, o presidente havia
informado que mobilizaria militares, policiais e civis em 284 pontos de
"frente de batalha" espalhados pelo território venezuelano. Segundo
ele, a medida é preventiva e visa fortalecer a defesa nacional.
Do outro lado, o governo de
Donald Trump intensificou operações militares no Caribe, sob a justificativa de
combater o tráfico de drogas. Washington determinou ainda o envio de dez caças
F-35 para um aeródromo em Porto Rico, o que elevou a tensão na região.
Maduro acusou diretamente as forças norte-americanas de buscar sua saída do poder. "A terceira tarefa é definir com o nosso povo os passos para estarmos prontos, com qualidade e rapidez, para avançar, de acordo com a estratégia do país, para a luta armada em defesa da soberania e da paz", afirmou.
Ele acrescentou que a
organização popular deve alcançar escala nacional. "É simples assim. Como
posso me preparar em uma determinada rua? Como podemos nos preparar em uma
determinada comunidade? Existem 260.000 ruas. E devo dizer que, mais cedo ou mais
tarde, nas próximas semanas, devemos estar prontos nessas 260.000 ruas para
avançar para a luta armada sempre que for necessário. Luta armada nacional,
regional e local, de acordo com o nível de agressividade e a loucura do
imperialismo", concluiu.
Via: Terra


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