Um bombardeio israelense
deixou 18 mortos no campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia, em uma
ação que teria como alvo um comandante do grupo terrorista Hamas. O ataque foi
o maior desde o ano 2000, afirmou a Autoridade Nacional Palestina, e demonstra o grau crescente
de violência no território, envolvendo, além de militares, colonos judeus e
grupos paramilitares.
Fontes palestinas afirmam que
a ação foi
realizada com um caça F-16 israelense, que destruiu uma área residencial no
campo de refugiados. Um morador local afirmou à AFP que um prédio de três
andares, que tinha um café no térreo, ficou em ruínas.
Em comunicado, a Autoridade
Nacional Palestina, que comanda a Cisjordânia, pediu “uma ação internacional
urgente para parar a escalada de massacres” — citado pela agência WAFA, um
porta-voz do governo palestino disse que ataques do tipo “não trarão a segurança
e a estabilidade, mas sim arrastarão a região para ainda mais violência”.
Bombardeio israelense na
Cisjordânia foi o maior desde 2000
Segundo os israelenses,
o ataque tinha
como alvo Zahi Yasser Abd al-Razeq Oufi, comandante do Hamas em Tulkarem, além
de aliados próximos — o grupo, alegam os militares, planejava cometer um ato de
terrorismo “em breve”. Al-Razeq Oufi também era acusado de tentar detonar um
carro bomba perto de um assentamento judaico, no mês passado. A operação foi
coordenada pelos serviços de inteligência e pelo Exército. Apesar do Hamas não
participar da administração da Cisjordânia, o grupo tem presença no território,
e tem conseguido cada vez mais apoio junto à população local.
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