Oito soldados israelense
morreram nesta quarta-feira (2) durante embates diretos no sul do Líbano com
membros do Hezbollah,
segundo as Forças Armadas de Israel.
As mortes foram as primeiras
de militares israelense desde que Israel invadiu o Líbano por terra,
na semana passada, como parte da escalada de conflitos entre as forças
israelenses e o grupo extremista.
O Exército de Israel não
informou como os soldados morreram, mas, na terça-feira (1º), disse que militares
israelenses haviam travado o primeiro combate direto com membros do Hezbollah desde
o início da guerra na Faixa de Gaza — o Hezbollah, apesar de atuar no Líbano,
apoia o Hamas, baseado em Gaza.
Em um comunicado, o Hezbollah
afirmou que as mortes foram causadas pela detonação de um explosivo que pegou
os militares de surpresa em um vilarejo do Líbano. O grupo extremista disse
ainda que outros soldados de Israel morreram na ocasião.
O primeiro militar morto,
identificado pelo Exército israelense no começo da manhã desta quarta-feira
(2), foi Eitan Oster, de 22 anos, que fazia parte de um braço de
elite das Forças Armadas israelenses especializada na
luta contra guerrilhas.
Horas depois, mais sete baixas
foram confirmadas e, após informar as famílias, as Forças de Defesa
israelenses anunciaram os nomes dos militares mortos:
- Capitão Harel Etinger, 23 anos, de Eli, um
comandante de esquadrão na Unidade ‘Egoz’, Brigada de Comando
- Capitão Itai Ariel Giat, 23 anos, de
Shoham, um oficial na Unidade ‘Yahalom’, Corpo de Engenharia de Combate
- Sargento de Primeira Classe Noam Barzilay,
22 anos, de Kokhav Ya’ir Tzur Yigal, um soldado na Unidade ‘Egoz’, Brigada
de Comando
- Sargento de Primeira Classe Or Mantzur, 21
anos, de Beit Aryeh-Ofarim, um soldado da Unidade ‘Egoz’, Brigada de
Comando
- Sargento de Primeira Classe Nazaar Itkin,
21 anos, de Kiryat Ata, um soldado da Unidade ‘Egoz’, Brigada de Comando
- O sargento Almken Terefe, 21 anos,
de Jerusalém,
soldado da Unidade de Reconhecimento Golani, Brigada Golani
- O sargento Ido Broyer, 21 anos, de Ness Ziona, soldado da Unidade de Reconhecimento Golani, Brigada Golani
O mesmo comunicado, liberado
às 11h47 do horário de Brasília, diz que sete membros das tropas
israelenses ficaram gravemente feridos em confrontos na fronteira e foram
levados para o hospital. Em vídeo divulgado no Telegram,
Às 7h44, no horário de
Brasília, o Hezbollah divulgou em seu Telegram um vídeo que mostra,
supostamente, a evacuação dos feridos, de helicóptero.
Persona non grata
Israel declarou nesta
quarta-feira (2) o secretário-geral da ONU, António Guterres,
como “persona non grata” e disse que ele está proibido de entrar no país.
A decisão, inédita na guerra
no Oriente Médio, é um protesto pelo fato de a ONU não ter condenado
“de forma inequívoca” o ataque
com mísseis lançado pelo Irã ao território israelense na
terça-feira (1º).
“Qualquer um que seja incapaz de condenar de maneira inequívoca o ataque hediondo do Irã contra Israel não merece pisar em solo israelense. Este é um secretário-geral anti-Israel, que dá apoio a terroristas, estupradores e assassinos”, declarou o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, em um comunicado.
Na terça (1º), após o ataque
do Irã, o secretário-geral da ONU condençou “a ampliação do conflito no
Oriente Médio, escalada após escalada”, mas não
se referiu diretamente ao lançamento de mísseis por Teerã.
Na diplomacia, a classificação
de alguém como “persona non grata” significa que essa pessoa — geralmente um
chefe de governo ou um diplomata — não
é bem-vinda em um país. A “persona non grata” não é necessariamente
proibida de entrar no país.
No caso de Guterres, no
entanto, sua entrada em Israel também foi banida, ainda de acordo com o
chanceler israelense.
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva também foi declarado
persona non grata por Israel em fevereiro. Na ocasião, o governo
israelense retaliou após Lula
comparar os bombardeios na Faixa de Gaza ao Holocausto, quando milhões
de judeus foram exterminados pelo regime nazista de Adolf Hitler.
A ONU ainda não havia se
manifestado sobre a classificação de Israel a Guterres até a última atualização
desta reportagem.
Fonte: g1
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