O mais recente Atlas da
Violência, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o
Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesta terça-feira (18) mostra que, ao
todo, houve registro oficial de 46,4 mil assassinatos no Brasil durante o ano
em questão, de acordo com a pesquisa. Quando considerados os homicídios
estimados — que somam também registros de mortes violentas por causa
indeterminada, chamados de “ocultos” —, o número chega a 52,3 mil. Nesse
cenário, é como se 143 pessoas tivessem sido assassinadas por dia em solo
brasileiro.
Os
46,4 mil assassinatos registrados oficialmente em 2022 representam uma
diminuição sutil de 3% em relação ao ano anterior e de 18,6% na comparação com
2012, quando a pesquisa começou a ser feita. A taxa de homicídios a cada 100
mil habitantes no país, agora de 21,7, é 3,6% menor que em 2021 e 24,9% menor
do que no início da série histórica.
Em
2022, as maiores taxas de assassinatos a cada 100 mil habitantes foram
registradas no Norte e no Nordeste, com destaque para Bahia (taxa de 45,1),
Amazonas (taxa de 42,5), Amapá (taxa de 40,5) e Roraima (taxa de 38,6). Apenas
dois estados registraram crescimento na taxa em relação ao ano anterior:
Rondônia (+2,8%) e Piauí (+3,4%).
Em nenhum
estado houve mais registro de mortes violentas que na Bahia: 6,7 mil
assassinatos — ainda assim, 6% a menos que no ano anterior. Rio de Janeiro
(3.762 homicídios), Pernambuco (3.409 homicídios), São Paulo (3.212
homicídios), Ceará (3.030 homicídios), Pará (2.901 homicídios) e Minas Gerais
(2.699) vêm depois, entre os estados mais violentos.
A pesquisa
do Atlas observa que, após relativa estabilidade na taxa de homicídios
registrados no Brasil entre 2012 e 2015, observou-se crescimento nos índices de
letalidade nos anos de 2016 e 2017, seguido por forte redução até 2019. Essas
taxas permanecem estáveis até 2022.
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