sábado, 4 de outubro de 2025

SAÚDE: Brasil chega a 127 casos suspeitos de intoxicação por metanol

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou neste sábado 4, em coletiva em Teresina (PI), que o número de notificações de casos suspeitos ou confirmados de intoxicação por metanol subiu para 127, distribuídos em 12 estados. No boletim anterior, divulgado na sexta 3, eram 113 casos em seis unidades da federação. O número de casos confirmados por exame laboratorial é 11.

A maior parte das notificações de intoxicação por metanol no país está concentrada em São Paulo, e há casos confirmados na Bahia, no Paraná e no Mato Grosso do Sul. Durante a coletiva, Padilha citou um novo caso suspeito no Piauí, na cidade de Parnaíba.

Paralelamente ao monitoramento, o Ministério da Saúde reforçou seu plano de tratamento. A pasta adquiriu 2.500 tratamentos com fomepizol, um antídoto eficaz contra a intoxicação por metanol que não era comercializado no Brasil. A compra foi realizada em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o carregamento deve chegar ao país ainda nesta semana para reforçar os estoques.

O Ministério também adquiriu mais 12 mil ampolas de etanol farmacêutico, que devem chegar na próxima semana e serão destinadas aos centros de referência em toxicologia. Anteriormente, a pasta já havia adquirido 4.300 ampolas de etanol farmacêutico, distribuídas em hospitais universitários federais.

Padilha informou que a Anvisa já havia repassado aos gestores estaduais e municipais a lista das 609 farmácias de manipulação no Brasil que tem capacidade de produzir o etanol farmacêutico, assegurando que o produto está “garantido em toda a rede do SUS”.

Metanol e risco de envenenamento

O metanol é um tipo de álcool que, quando ingerido, transforma-se no corpo em ácido fórmico, substância que pode causar cegueira e morte. O tratamento principal é feito com dois antídotos.

1.  Etanol (álcool comum): Já disponível no Brasil, ele funciona “atrapalhando” a transformação do metanol no veneno, forçando o corpo a eliminá-lo de forma mais segura. O efeito colateral é a embriaguez.

2.  Fomepizol: Adquirido agora pelo Ministério, ele faz o mesmo, mas com a vantagem de ter menos efeitos colaterais.

Os sintomas iniciais do envenenamento se assemelham a uma ressaca forte, incluindo tontura, náuseas e dor de cabeça. O risco está entre 6 e 24 horas após o consumo, quando o veneno pode atacar a visão, causando visão turva e até perda da capacidade de enxergar cores.

Com informações da Folha de S. Paulo

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