O presidente do Peru, José
Jerí, declarou estado de emergência em Lima e na região de Callao, com validade
de 30 dias, para combater o aumento da criminalidade no país. O anúncio foi
feito em pronunciamento televisionado nesta terça-feira (21), no qual Jerí
afirmou que a medida representa uma mudança de postura, passando “da defensiva
para a ofensiva” na luta contra a violência urbana.
Em seu discurso, o presidente
destacou que “guerras se vencem com ações, não com palavras” e prometeu
recuperar a paz, a tranquilidade e a confiança da população peruana. Jerí
assumiu o cargo no início deste mês, após a deposição da ex-presidente Dina Boluarte,
e apresentou recentemente um novo gabinete, estabelecendo o combate à
criminalidade como prioridade central de seu governo.
O decreto ocorre em meio a
protestos de jovens da chamada Geração Z e grupos da sociedade civil, que se
manifestaram na capital exigindo medidas concretas contra a violência. A
mobilização, realizada na quarta-feira passada (15), reuniu manifestantes na Plaza
San Martín e em frente ao Congresso, provocando confrontos com policiais,
fechamento de estradas e suspensão temporária de rotas de transporte. Durante
os protestos, uma pessoa morreu e mais de 100 ficaram feridas, incluindo 78
policiais e 24 manifestantes, além de dez prisões.
Apesar de ser uma medida
recorrente no país — a ex-presidente Boluarte também decretou estado de
emergência em março — especialistas apontam que essas ações repetidas pouco têm
impacto na redução da criminalidade. O presidente Jerí lamentou a morte ocorrida
durante os protestos e afirmou esperar que as investigações determinem
“objetivamente os fatos e as responsabilidades”.
Com informações da CNN Brasil


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