A crise venezuelana voltou a
colocar Brasil e Estados Unidos em lados opostos, justamente quando os dois
países tentavam reduzir atritos comerciais em meio à negociações sobre o
“tarifaço” — pacote de sobretaxas imposto por Trump a produtos brasileiros desde
agosto.
Em discurso no congresso do
PCdoB, em Brasília, Lula defendeu a soberania da Venezuela e criticou o que
chamou de “palpites estrangeiros” sobre o destino do país vizinho. Embora não
tenha citado nomes, a fala mirou claramente o presidente Donald Trump, que
autorizou operações secretas da CIA e enviou navios de guerra para o Caribe com
o objetivo de pressionar o regime de Nicolás Maduro.
A reação foi imediata: Caracas
mobilizou tropas e civis, acusando Washington de buscar o controle do petróleo
venezuelano. Nos bastidores, o governo brasileiro teme que a escalada militar
prejudique o clima de diálogo com os EUA e complique as negociações econômicas.
Apesar disso, o chanceler
Mauro Vieira classificou como “produtiva” a conversa com o secretário de Estado
americano, Marco Rubio, e garantiu que o Brasil seguirá apostando em uma saída
diplomática. Lula e Trump devem se encontrar até o fim do ano — talvez na
Malásia ou na Cúpula das Américas —, num teste real para a retomada da
cooperação entre Brasília e Washington.
Via: BG


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