A lombalgia,
dor na região lombar, afeta entre 60% e 80% da população em algum momento
da vida, limitando atividades cotidianas e a qualidade de vida. As causas
incluem má postura, excesso de peso, falta de exercícios, traumas e doenças na
coluna, como hérnia de disco, bico de papagaio e até mesmo pedra nos rins.
Segundo o médico Levi Jales, o
diagnóstico preciso é essencial, já que a dor pode ser sinal de problemas
graves, como espondilite anquilosante ou até cálculo renal. “Não é
normal sentir dor lombar. A dor é um sinal de alerta de que algo está errado e
precisa ser investigado. Toda dor lombar tem que ser bem investigada. Nem
sempre a causa está na coluna”, disse, em entrevista à Band RN. O tratamento
combina medicamentos – como analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes
musculares – com terapias não medicamentosas, incluindo fisioterapia,
acupuntura e, em casos mais graves, cirurgia.
“O mais comum é associar
remédios a métodos como fisioterapia para alívio eficaz”, disse Levi, alertando
que ignorar a dor pode mascarar doenças sérias. “O perigo é você não ter o
diagnóstico claro. A dor é um sinal de que você precisa de ajuda”. Um dos diagnósticos
frequentes em pacientes com dor que se irradia para as pernas é a hérnia de
disco, que comprime o nervo ciático.
“Se a dor desce para a perna
esquerda, por exemplo, pode ser uma hérnia entre as vértebras L4 e L5. É
preciso fazer uma ressonância para confirmar”, explicou. Outra condição que
provoca lombalgia é a osteofitose, popularmente chamada de “bico de papagaio”,
que ocorre quando vértebras se achatam e pressionam nervos.
O médico citou ainda a
espondilite anquilosante, doença inflamatória que piora com o repouso e atinge
principalmente homens jovens. ” Enquanto a maioria das dores lombares melhora
ao deitar, essa piora durante o sono, deixando a coluna rígida, como se fosse
um bambu”. Outro fator pouco conhecido é o encurtamento de um dos membros, que
desequilibra a coluna e exige correção.
O médico alertou ainda para
complicações de cálculos renais, que podem provocar dor lombar devido à
obstrução das vias urinárias, e reforçou a importância de buscar diagnóstico
preciso. “Deixar a dor sem tratamento pode mascarar problemas graves. O paciente
precisa de avaliação médica para identificar a causa e receber o tratamento
correto”, concluiu.
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