O Padre Chrystian Shankar, que
acumula mais de 3,7 milhões de seguidores em sua conta no Instagram, foi
elogiado por fiéis após publicar um texto afirmando que não realiza qualquer
tipo de rito religioso para bebês reborn. Nesta sexta-feira, em nota de esclarecimento,
o padre escreveu que não celebra batizados ou missa de primeira comunhão para
as bonecas, e também não atende “mães” que procuram catequese para os filhos de
brinquedo.
“Não estou realizando
batizados para bonecas Reborn ‘recém-nascidas’. Nem atendo ‘mães’ de boneca
Reborn que buscam por catequese. Nem celebrando a Missa de Primeira Comunhão
para crianças Reborn. Nem oração de libertação para bebê possuído por espírito Reborn.
E, por fim, nem missa de 7 dia para Reborn que arriou a bateria”, satirizou o
padre, na publicação.
“Essas situações devem ser encaminhadas ao psicólogo, psiquiatra ou, em último caso, ao fabricante da boneca”, finalizou. Em posts anteriores, o padre já havia comentado sobre polêmicas em relação às bonecas, e o comportamento de alguns donos com seus bebês reborn. Na última quinta-feira, em uma publicação, ele relembra que as bonecas surgiram como um nicho artístico e de colecionadores, mas ganhou grandes proporções, revisitando questões de maturidade e saúde mental.
“Vivemos tempos em que a linha
entre realidade e fantasia parece cada vez mais tênue. Um exemplo emblemático
disso é a crescente popularidade dos bebês reborn — bonecos hiper-realistas que
imitam recém-nascidos com impressionante fidelidade. O que começou como um
nicho de colecionadores e artistas agora se tornou um fenômeno que levanta
sérias questões sobre maturidade emocional e saúde mental”, escreveu o
sacerdote.
“Enquanto alguns especialistas
sugerem que o uso de bebês reborn pode ter funções terapêuticas, como auxiliar
no luto ou em casos de solidão extrema, é crucial distinguir entre o uso
terapêutico e a substituição de relações humanas reais por vínculos com objetos
inanimados”, continuou. “A sociedade precisa refletir sobre os limites entre o
uso saudável de objetos terapêuticos e a evasão da realidade. A substituição de
vínculos humanos por relações com bonecos pode indicar uma dificuldade em lidar
com as complexidades da vida adulta. É essencial promover o amadurecimento
emocional e encorajar relações humanas autênticas, fundamentais para o
bem-estar individual e coletivo.”
Via: O
Globo
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