O cardeal norte-americano
Robert Francis Prevost foi eleito nesta quinta-feira (8) como o novo papa da
Igreja Católica. Com o nome de Leão XIV, ele entra para a história como o
primeiro pontífice dos Estados Unidos e assume a chefia da Igreja em um contexto
marcado por discussões sensíveis sobre modernização, tradição e inclusão.
Mesmo que ainda não seja
possível obter diretrizes claras para seu pontificado, manifestações públicas
anteriores apontam que ele pode adotar uma abordagem mais cautelosa e alinhada
a princípios tradicionais da doutrina católica, especialmente em questões de
gênero. Prevost, por exemplo, já se manifestou publicamente contra a chamada
ideologia de gênero e a homossexualidade.
Em um discurso aos bispos, em
2012, o agora papa Leão XIV lamentou que a mídia ocidental e a cultura popular
fomentassem “simpatia por crenças e práticas em desacordo com o Evangelho” e,
como exemplo, citou textualmente o “estilo de vida homossexual” e “famílias
alternativas compostas por parceiros do mesmo sexo e seus filhos adotivos”.
Já enquanto bispo em Chiclayo,
cidade no noroeste do Peru, ele se opôs de forma bastante clara à ideologia de
gênero, quando se posicionou contrário ao ensino do tema nas escolas.
– A promoção da ideologia de
gênero é confusa, porque busca criar gêneros que não existem – disse.
Esses posicionamentos, ainda
que não sejam tão recentes, contrastam com a postura do papa Francisco, que
durante seu pontificado adotou um tom considerado mais acolhedor em relação à
diversidade, incluindo a defesa de direitos civis para casais homoafetivos e o
diálogo com fiéis LGBTQIA+.
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