A Organização Mundial de Saúde
Animal (OMSA) reconheceu
nesta quinta-feira 29 o Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação.
O reconhecimento do novo
status sanitário ocorreu durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de
Delegados da OMSA, em Paris. Em maio do ano passado o governo federal já havia
feito o mesmo reconhecimento.
O presidente da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, a vice-presidente da
Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), senadora Tereza Cristina, e o
presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso do
Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, participaram da sessão na capital francesa.
Em nota, a CNA avaliou que o
reconhecimento internacional de país livre de febre aftosa sem vacinação
reforça o compromisso do setor agropecuário e dos produtores rurais com a
sanidade de seus rebanhos e com a qualidade dos produtos ofertados aos mercados
compradores.
“Para a CNA, [reconhecimento]
é fruto de um esforço conjunto de anos entre o Estado e o setor privado e de
ações coordenadas para a retirada gradual da vacina, de acordo com o Plano
Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA)”,
informou a entidade.
Para a confederação, o
processo de retirada da vacinação foi conduzido de forma segura, com base na
evolução dos estados em relação ao cumprimento de requisitos mínimos. “Durante
os cerca de 10 anos de execução do PNEFA, foram realizados estudos
soroepidemiológicos que apontaram para a não circulação do vírus no país”.
“Apesar de retirar a vacina, o
Brasil continuará com as ações de vigilância e controle sanitário do rebanho.
Para a CNA, é fundamental o papel dos pecuaristas e seus colaboradores, que
estão na linha de frente e têm a responsabilidade de notificar o Serviço
Veterinário Oficial (SVO).”
Também em comunicado, a
federação sul-mato-grossense Famasul avaliou que o reconhecimento internacional
de país livre de febre aftosa sem vacinação representa a consolidação de um
esforço conjunto entre as federações, produtores rurais e governos, “sendo um
marco para a pecuária de Mato Grosso do Sul e do Brasil”.
Para a entidade, a chancela
internacional reforça que o Brasil está pronto para competir com os principais
parceiros globais, incluindo os Estados Unidos, a Austrália e a União Europeia,
“com sanidade, rastreabilidade e sustentabilidade na produção.”
Segundo a Famasul, a febre
aftosa é uma das doenças mais
temidas na pecuária mundial por seu alto poder de disseminação e pelos
prejuízos econômicos que causa.
“Desde o início da
profissionalização da produção de carne, a luta contra a doença se intensificou
globalmente. No Brasil, o combate começou oficialmente em 1950 e passou por
diferentes fases, até a criação do PNEFA em 2017, com o objetivo de erradicação
completa até 2026.”
Via Agência Brasil
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