No Rio Grande do Norte, uma
mulher morre a cada 15 dias em decorrência de complicações relacionadas à
gravidez, ao parto ou ao puerpério. O dado alarmante, divulgado pelo Ministério
da Saúde, reforça a urgência de ampliar o debate sobre como diminuir essa
estatística no estado, especialmente nesta quarta-feira (28), durante o Dia
Nacional de Redução da Mortalidade Materna.
De acordo com o Ministério da
Saúde, são considerados óbitos maternos aqueles que ocorrem durante a gestação,
o parto ou até 42 dias após o nascimento do bebê. No Brasil, entre 2016 e 2020,
foram registradas 8.587 mortes maternas. O problema, embora nacional, tem
recortes regionais ainda mais severos, como o que ocorre no RN.
Com a criação da data para
alertar a sociedade, especialistas aproveitam para chamar atenção para como
esses óbitos poderiam ser evitados com maior acesso a cuidados de saúde
adequados e oportunos.
“O que enfrentamos hoje são
mortes evitáveis. Muitas vezes, o que falta é o reconhecimento precoce de
condições de risco, a chegada tempestiva ao serviço de saúde e o tratamento
correto. Esses atrasos custam vidas”, afirma a ginecologista e obstetra Maria
do Carmo Lopes de Melo, conselheira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia
do RN (Sogorn) e presidente do Comitê de Prevenção à Mortalidade Materna do
estado.
Em seu posicionamento, a
representante da Sogorn destaca que reduzir a mortalidade materna exige um
esforço conjunto entre governo, profissionais de saúde e a sociedade civil. A
ampliação do acesso ao pré-natal de qualidade, a capacitação das equipes de atendimento
e a garantia de atendimento humanizado são estratégias fundamentais.
“A mortalidade materna não
pode ser vista como um número distante. Cada mulher que morre deixa filhos,
famílias, histórias interrompidas. Precisamos tratar isso como prioridade”,
reforça o presidente da Sogorn, Robinson Dias.
Via: Blog
do FM
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