Com a saída de Carlos Lupi do
Ministério da Previdência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
concretizou sua 11ª troca ministerial, desde 2023, sendo a sexta demissão.
Nesta sexta-feira (2), Wolney Queiroz foi escolhido para substituir Lupi, após
a revelação de um esquema de fraudes no INSS.
A maior parte dessas trocas
ministeriais no terceiro mandato do petista ocorreu por iniciativa do
presidente, que buscava melhorar o desempenho das áreas. Foi o caso da Saúde,
da Secretaria de Relações Institucionais e da Secretaria de Comunicação (Secom)
da Presidência. Outras, tinham como objetivo dar mais espaço para partidos
aliados, em troca de apoio político, ou para estancar crises, como no caso da
Previdência.
Um caso peculiar foi a saída
de Flávio Dino do Ministério da Justiça, que foi nomeado ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF). Quem assumiu o cargo foi o ex-ministro do STF Ricardo
Lewandowski.
Em janeiro, o deputado Paulo
Pimenta (PT-RS) saiu do Ministério da Secretaria de Comunicação Social e deu
lugar ao marqueteiro Sidônio Palmeira, que é próximo da legenda e trabalhou na
campanha de Lula em 2022.
Em seguida, Lula demitiu Nísia
Trindade, substituindo-a por Alexandre Padilha (PT). No lugar dele, a então
presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi nomeada como ministra da Secretaria de
Relações Institucionais.
No início de abril, a troca
foi no Ministério das Comunicações, quando o deputado Juscelino Filho
(União-MA) pediu demissão e foi substituído por Frederico Vasconcelos, indicado
pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Espaço para o Centrão
Em 2023, Lula demitiu a atleta
Ana Moser do comando do Ministério dos Esportes. O deputado André Fufuca
(PP-MA) assumiu o cargo. Márcio França, do PSB, saiu da pasta de Portos e
Aeroportos, para dar lugar a Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), e foi realocado
na pasta de Empreendedorismo e Microempresa, de menor expressão. A deputada
Daniela Carneiro (União-RJ) cedeu espaço a Celso Sabino (União-PA).
Contenção de crises
Outras mudanças na equipe do
governo serviram para estancar crises, como foi o caso na Previdência Social,
nesta sexta-feira. Outra substituição foi a do general Gonçalves Dias do
comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) pelo General Amaro,
após os atos do 8 de janeiro de 2023. Além disso, teve a decisão de
colocar Macaé Evaristo no Ministério dos Direitos Humanos no lugar de
Silvio Almeida, acusado de assédio sexual.
Trocas ministeriais
- GSI:
Gonçalves Dias foi demitido; entrou General Amaro
- Turismo:
Daniela Carneiro foi exonerada por Lula e entregou o cargo a Celso Sabino,
por pressão do União Brasil
- Esporte:
Ana Moser foi demitida; entrou André Fufuca
- Portos
e Aeroportos: Márcio França foi realocado no então recém-criado Ministério
de Empreendedorismo e Microempresa, para dar espaço a Silvio Costa Filho
- Justiça
e Segurança Pública: Flávio Dino deixou o cargo para assumir como ministro
no STF; entrou Ricardo Lewandowski
- Direitos
Humanos: Silvio Almeida foi demitido após denúncias; entrou Macaé Evaristo
- Secom:
Paulo Pimenta foi demitido; entrou Sidônio Palmeira
- Relações
Institucionais: Alexandre Padilha foi realocado na Saúde; entrou Gleisi
Hoffmann
- Saúde:
Nísia Trindade foi demitida; entrou Alexandre Padilha
- Comunicações:
Juscelino Filho pediu demissão após ser denunciado pela Procuradoria-Geral
da República; entrou Frederico Vasconcelos
- Previdência
Social: Carlos Lupi pediu demissão após escândalo no INSS; entrou Wolney
Queiroz.
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