Após subir pela oitava semana
seguida nos postos e ter alta de 18% em setembro, o preço do diesel sofre
nova pressão, com a suspensão das exportações russas, a volta de parte de
impostos federais e a disparada do petróleo no mercado global.
A aceleração da prévia da
inflação de setembro foi guiada pelo aumento de 2,02% do
grupo de transportes. A gasolina subiu 5,18%, subitem com o maior impacto
individual no IPCA-15, do IBGE. O valor do óleo diesel, por sua vez, disparou
17,93%. O preço médio do litro do diesel
S-10 atingiu R$ 6,22 nos postos na última semana, segundo
a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Desde
o último reajuste da Petrobras, no dia 16 de agosto, o preço do
combustível acumula alta de R$ 1,14 por litro, pressionado também pela retomada
parcial da cobrança de impostos federais.
Depois do impacto de R$ 0,1024
por litro em setembro, outra parte do PIS/Cofins volta a ser cobrada a partir
de 1º de outubro, com menor valor, de R$ 0,002, segundo estimativa da Abicom
(Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Mas o maior impacto
deverá ocorrer depois de 15 de outubro, com a importação do combustível dos
Estados Unidos. A estimava de repasse desse aumento pode chegar a R$ 0,40
por litro.
“O impacto maior que acho que vai ter será a partir da segunda quinzena de outubro. Como a Rússia está limitando a exportação de diesel, os importadores já estão migrando de volta aos Estados Unidos, e o preço é maior. Então é natural que o produto importado que vai chegar ao Brasil a partir do dia 15 e 20 de outubro venha mais caro do que o que está sendo comercializado aqui”, afirma Sergio Araujo, presidente da Abicom. O aumento dos preços do barril do petróleo na quarta-feira (27) elevou a defasagem dos valores dos combustíveis vendidos pela Petrobras no Brasil ante os praticados no exterior, ampliando a pressão para um novo reajuste nas refinarias.
Fonte: r7
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