Astrud morreu em casa, na Filadélfia. O corpo será cremado
nos Estados Unidos. A artista deixa dois filhos e duas netas. Sofia Gilberto,
neta dela, postou uma mensagem nas redes sociais. “A vida é linda, como diz a
música, mas venho trazer a triste notícia que minha avó virou estrela hoje e
está ao lado do meu avô João Gilberto”, afirmou um trecho da postagem de Sofia.
Astrud Evangelina Weinert
nasceu em Salvador em 1940 e foi morar com a família ainda criança no Rio de
Janeiro, onde cresceu. Sempre se interessou por música. Em 1959, ela se casou
com João Gilberto, de quem adotou o sobrenome. No Rio de Janeiro, participou de
apresentações ao lado do marido e de artistas como Nara Leão, Johnny Alf e Elza
Soares, entre outros. Uma delas foi “A noite do amor do sorriso da flor”, no
anfiteatro da Faculdade de Arquitetura da UFRJ, em 1960. A cidade influenciou a
musicalidade e o trabalho de Astrud.
Em 1963, morando em Nova York,
participou do álbum “Getz/ Gilberto”, de João Gilberto e o saxofonista Stan Getz,
com arranjos de Tom Jobim. O álbum foi um sucesso estrondoso e conquistou o
Grammy de Álbum do Ano e de Gravação do Ano, com Garota de Ipanema, em 1965.
Ela chegou a concorrer a artista revelação, que perdeu para The Beatles, e
Melhor Performance Feminina, que perdeu para Barbra Streisand.
Astrud e João Gilberto se
separaram pouco depois do álbum que a consagrou internacionalmente, mas a
intérprete seguiu a carreira com apresentações no Brasil e no exterior. A
artista realizou uma série de turnês no exterior, sempre levando a musicalidade
do país para todo o planeta. Ao longo do tempo, o trabalho de Astrud se tornou
cada vez mais autoral.
Em abril de 2002, Astrud
Gilberto foi indicada para o “International Latin Music Hall of Fame”. Influenciando
as novas gerações, a artista foi apontada pela cantora Billie Eilish como uma
de suas principais influências.
Portal 96 FM
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