Assim como no Carnaval, o
período das festas juninas acende o alerta para o contágio de Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Após os festejos, aumenta consideravelmente
o número de pessoas que procuram os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA)
para realizar exames de detecção do vírus HIV. O cenário é atribuído à falta de
prevenção. Segundo dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS),
cerca de 60% dos brasileiros acima de 18 anos afirmam não usar preservativo
nenhuma vez nas relações sexuais.
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são ocasionadas por vírus, bactérias e outros microrganismos. Sua principal forma de transmissão ocorre através do contato sexual desprotegido (oral, vaginal ou anal) com uma pessoa infectada, sem o uso de preservativos masculinos ou femininos. Além disso, uma IST pode ser passada da mãe para o filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação. Embora menos comum, essas doenças também podem ser transmitidas por contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais infectadas, mesmo sem envolver atividade sexual. São alguns exemplos de IST: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C.
Apesar do amplo conhecimento das doenças e das formas de prevenção, a população jovem parece desconsiderar os riscos à vida potencialmente causados pelas IST’s. Entre 2011 e 2021, mais de 52 mil jovens de 15 a 24 anos com HIV evoluíram para a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids), segundo dados do Ministério da Saúde. “O cenário da população em relação a estas infecções sexualmente transmitidas nos alerta para a necessidade de continuamente reforçar a importância do uso do preservativo nas relações sexuais”, destaca Robinson Dias, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn).
Caso haja a suspeita de contágio, é pertinente agir de
forma responsável, procurando imediatamente uma assistência médica para
realizar os exames necessários e obter um diagnóstico preciso, abster-se de
relações sexuais para reduzir o risco de transmitir a doença para outros
parceiros, e, caso constatado, fazer acompanhamento regular e notificar os
parceiros sexuais anteriores para que eles também possam buscar tratamento, se
necessário. “É essencial se informar sobre a IST, seus sintomas, formas de
transmissão e prevenção, para tomar medidas adequadas para sua saúde e evitar a
disseminação da doença”, frisa Robinson Dias.
Via: Blog do Jair Sampaio.
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