O Brasil já registra 10.163
casos confirmados de sarampo desde o início deste ano até 27 de novembro, de
acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Ministério da Saúde.
Do total de casos, 9.695
ocorreram no Amazonas e 347 em Roraima, estados que registram surto da doença. Também
foram confirmadas 12 mortes -quatro em Roraima, seis no Amazonas e duas no Pará.
Segundo o ministério, o
aumento no número de confirmações ocorre devido a uma força-tarefa realizada no
último mês em Manaus para avaliar resultados de exames em casos suspeitos. O
governo, porém, diz que o número de novos casos suspeitos tem reduzido nas
últimas semanas.
No Amazonas, o maior volume
de casos ocorreu entre julho e agosto deste ano. Já em Roraima, o pico da
doença foi entre fevereiro e abril, informa. "Em ambos os estados, no
momento, a curva de novos casos é decrescente", diz a pasta. O número de
casos, porém, é o maior desde 1997, quando houve 53 mil casos confirmados no
país.
Nos anos seguintes, o país
passou a registrar redução da transmissão da doença. Desde então, houve apenas
surtos relacionados a uma importação do sarampo de outros países. Antes do
surto deste ano, o último havia ocorrido entre 2013 e 2015, no Ceará e em Pernambuco.
OUTROS
ESTADOS
Além de Amazonas e Roraima,
que concentram 98,5% dos casos confirmados neste ano, também foram confirmados
ocorrências da doença no Rio Grande do Sul (45), Pará (41), Rio de Janeiro
(19), Pernambuco (4), Sergipe (4) e São Paulo (3), Rondônia (2), Bahia (2) e
Distrito Federal (1).
Em nota, o ministério diz
que "permanece acompanhando a situação nos estados" e têm feito
medidas de bloqueio vacinal de casos suspeitos. Também diz ter encaminhado 14,8
milhões de doses da vacina tríplice viral para atender a demanda nestes locais.
Segundo o ministério, ambos
os surtos em Roraima e no Amazonas são relacionados a uma importação do vírus
que circula na Venezuela. Isso porque o genótipo do vírus é o D8, o mesmo que
circula no país vizinho. Com isso, a pasta diz considerar o surto nestes dois
locais como "importado".
O mesmo ocorre nos demais
estados que registram casos, onde pacientes tinham histórico de viagem a locais
com surto da doença na Europa e Líbano.
Com
informações da Folhapress.
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