terça-feira, 22 de abril de 2025

SEGURANÇA: “Nós é guerra com o estado”: líder do CV fala sobre fuga em Mossoró


Áudios encontrados pela Polícia Federal ao mapear a rede de apoio aos dois presos que fugiram de forma inédita do presídio federal de segurança máxima em Mossoró (RN) mostram o receio do líder do Comando Vermelho (CV) no Rio Grande do Norte com uma ação da Força Integrada de combate ao Crime Organizado (Ficco) contra liderança da facção.

Ao seguir os rastros dos fugitivos e identificar criminosos que atuaram para dar apoio à fuga, a Ficco chegou a João Carlos de Almeida Bezerra, o JC ou Dog. O traficante ainda está foragido. Os áudios indicam que ele esteja em uma comunidade no Rio de Janeiro dominada pela facção. JC e outros integrantes do CV são alvos da operação Red Dots, deflagrada pela Ficco no último dia 11 de março. São investigados os crimes de organização criminosa armada, tráfico de drogas e de armas, lavagem de dinheiro, tortura e homicídio.

Além dele e integrantes do CV, os investigadores também alcançaram o principal fornecedor da facção no estado, cujo apelido é Conterrâneo. Os áudios são citados em relatórios da investigação sobre a rede de apoio do Comando Vermelho que atuou para evitar a recaptura de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça.

Os dois são integrantes do Comando Vermelho no Acre e fugiram do presídio federal em Mossoró em 14 de fevereiro. Eles foram recapturados apenas 4 de abril de 2024, 50 dias depois. Dias após a recaptura, JC, o líder do CV no Rio Grande do Norte, enviou áudio a pessoas investigadas em que demonstrar estar no Rio de Janeiro e com receio de uma operação da polícia na comunidade em que estava escondido.

Em um áudio, JC afirma que as autoridades perceberam que a rede de apoio aos fugitivos era comandada por integrantes da cúpula do Comando Vermelho. No áudio, JC indica estar em um comunidade no rio de Janeiro. O traficante diz que em caso de uma operação no local, as autoridades iriam levar muito tiro.

“Nós é guerra com Estado até última hora, se vier, vai levar muito tiro meu fi, as liderança tudim já disse, tu aqui num arreda o pé, nem você nem ninguém, se vier meu fi, é aço por cima de aço, já fechamos a favela todinha, já botamos os pneu nas barricada, o fuzil já tá no oléo, tô com 12 pente aqui fora as bala solta, 12 granada, a pistola com mais 10 pente”, diz JC em um dos áudios.

Em outro trecho da conversa com um interlocutor de nome Gustavo, entre os dias 9 e 11 de abril, JC fala dos preparativos da facção para caso haja uma operação na comunidade.

VIA: Metrópoles

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