Até a noite desta
quarta-feira, dois dias após a morte do Papa Francisco, a plataforma de apostas
Polymarket já havia registrado movimentação de US$ 5.413.976 — o equivalente a
aproximadamente R$ 30,8 milhões — em palpites sobre “quem será o próximo Papa”.
Os ritos de escolha do sucessor do Pontífice, chamado de conclave, começa
oficialmente entre o 15º e o 20º dia após a morte, que aconteceu nesta
segunda-feira, dia 21 de abril.
As casas de apostas
registravam, até esta terça, os cardeais Pietro Parolin, Luis Antonio Tagle,
Péter Erdö, Peter Turkson e Pierbattista Pizzaballa como os mais cotados para
suceder o Papa Francisco. Na manhã desta quarta-feira, porém, os nomes de Pierbattista
Pizzaballa e Péter Erdö registraram queda, e o italiano Matteo Zuppi disparou
entre os cinco mais cogitados para o pontificado. Os resultados se mantiveram à
noite.
Quem será o próximo Papa?
Segundo o agregador
OddsChecker, que compara apostas de diferentes sites, o cardeal italiano Pietro
Parolin, de 70 anos, é o favorito a assumir o posto de líder da Igreja
Católica.
Quem é Pietro Parolin?
Parolin é o atual secretário
de Estado do Vaticano, ocupando o segundo posto mais importante na hierarquia
da Santa Sé desde 2013. Foi o primeiro cardeal nomeado pelo Papa Francisco, em
2013. Diplomata experiente, Parolin ingressou no serviço diplomático da Santa
Sé em 1986, aos 31 anos, e serviu em países como Nigéria, Venezuela e México,
além de atuar em negociações sensíveis envolvendo China, Vietnã e Oriente
Médio.
O segundo favorito é Luis
Antonio Tagle, de 67 anos. Nascido em 1957 em Manila, nas Filipinas, é o atual
cardeal-arcebispo de Manila.
Nomeado cardeal pelo Papa
Bento XVI em 2012, Tagle é conhecido por seu compromisso com a justiça social,
o combate à pobreza e a defesa dos direitos humanos, além de ser defensor do
diálogo inter-religioso. O filipino é frequentemente apontado como um dos
possíveis sucessores de Francisco, tendo sido um de seus “favoritos”, apesar de
não ter sido nomeado cardeal pelo Pontífice.
Outros nomes
Em terceiro, segundo o site, aparece Peter Turkson, cardeal de Gana que poderia ser o 1º Papa negro e africano da história moderna. Turkson, de 76 anos, é arcebispo emérito de Costa do Cabo, e já se manifestou sobre questões como crise climática, direitos humanos, pobreza e justiça econômica. Muitos acreditam que ele daria continuidade a reformas mais progressistas iniciadas por Francisco, caso seja escolhido.
Em quarto lugar aparece Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha nomeado cardeal pelo Papa Francisco em 2019. Conhecido por sua postura progressista e proximidade com o Pontífice, Zuppi é presidente da Conferência Episcopal Italiana e membro da Comunidade de Sant’Egidio, um movimento católico dedicado à paz e ao diálogo inter-religioso. Também foi o enviado especial do Papa para o conflito na Ucrânia, tendo visitado Kiev, Moscou, Washington e Pequim nessa função.
Fechando o top 5 está o cardeal húngaro Peter Erdo. Conhecido por sua postura conservadora, Erdo tem 72 anos e é arcebispo de Esztergom-Budapeste. Caso seja escolhido, Erdo — nomeado cardeal em 2003 pelo Papa João Paulo II — representará uma mudança na direção da Igreja Católica após anos de reformas progressistas iniciadas por Francisco.
Entre os outros nomes cotados está o do italiano Angelo Scola, de 83 anos, nomeado pelo Papa Bento XVI. Por ter mais de 80 anos, Scola não pode participar do conclave, mas pode ser votado. É o mesmo caso do quarto nome citado pelo site, o do canadense Marc Ouellet, que tem 80 anos e, portanto, também não participa da votação.
Também há apostas sobre o nome que será escolhido pelo próximo Pontífice. “Francisco” lidera, seguido de “Benedito”, “Leão” e “Urbano”.
O conclave deve iniciar-se de 15 a 20 dias após a morte ou renúncia do Papa, a fim de esperar a chegada de todos os cardeais eleitores. Esses cardeais votam e podem ser votados, mas não podem votar em si mesmos. Têm direito a voto os cardeais com menos de 80 anos até a data da morte do Papa Francisco, isto é, 135 votantes. Para ser eleito, são necessários 2/3 dos votos dos cardeais com direito a voto.
Via: O Globo
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