O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) editou um decreto retirando os Correios e a EBC (Empresa
Brasileira de Comunicação) do programa de desestatização, lá incluídos pelo seu
antecessor Jair Bolsonaro (PL).
As duas fazem parte de um pacote de mais oito excluídas dos
programas de PPI (Programas de Parceiras e Investimentos) e PND (Programa
Nacional de Desestatização). A lista foi publicada em edição extra do Diário
Oficial da União, na quinta-feira 6. As medidas já eram esperadas. Após sua
eleição, Lula já havia afirmado em discurso que as privatizações iriam acabar
no País. O anúncio provocou reação no mercado financeiro na ocasião.
No início do ano, logo após
sua posse, o presidente fez um despacho determinando a paralisação das
desestatizações. Os Correios já estavam em um processo avançado, sob análise no
TCU (Tribunal de Contas da União). O processo, o principal da gestão de Fábio
Faria nas Comunicações de Bolsonaro, foi aprovado pela Câmara dos De putados em
agosto de 2021 por 286 votos a favor e 173 contrários. Mas, desde então, está
parado no Senado.
Ainda durante a transição,
quando anunciou Aloizio Mercadante para a presidência do BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social), Lula fez um discurso com duras críticas
às privatizações.
“Não haverá chuva, sol, nada nesse mundo, a não ser Deus
que me proíba, de fazer esse país voltar a sorrir, fazer o povo voltar a ser
alegre, e acreditar que neste país acabou o complexo de vira lata. Não somos
inferiores a ninguém, somos iguais a todo mundo e queremos ser donos do nosso
território”, afirmou o então presidente diplomado.
“Vão acabar as privatizações neste país. Já privatizaram
quase tudo, mas vai acabar e vamos provar que algumas empresas públicas vão
poder mostrar a sua rentabilidade”, completou Lula.
Via: Agora-RN
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