O testemunho dos mártires foi
o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira,
19, realizada na Praça São Pedro. Francisco deu continuidade ao ciclo de
reflexões sobre o zelo apostólico, concentrando-se na multidão dos mártires:
homens e mulheres das mais diversas idades, línguas e nações, que deram a vida
por Cristo.
Depois da geração dos
Apóstolos, foram eles as “testemunhas” por excelência do Evangelho. O primeiro
foi Santo Estêvão, lapidado fora das muralhas de Jerusalém. Os mártires, porém,
advertiu o Papa, não devem ser vistos como “heróis” que agiram individualmente,
como flores despontadas num deserto, mas como frutos maduros e excelentes da
vinha do Senhor, que é a Igreja.
Francisco considerou ainda que, participando assiduamente na celebração da Eucaristia, os cristãos sentem-se impelidos pelo Espírito a organizar a sua vida sobre a base daquele mistério de amor. Como o Senhor Jesus deu a sua vida por eles, assim também eles podiam e deviam dar a vida por Ele e pelos irmãos. “Os mártires amam Cristo na sua vida e O imitam na sua morte”.
Embora o martírio seja pedido
a poucos, “todos, porém, devem estar dispostos – diz o Concílio Vaticano II –,
a confessar a Cristo diante dos homens e a segui-Lo no caminho da cruz em meio
das perseguições que nunca faltarão à Igreja”.
Assim, continuou o Santo
Padre, os mártires mostram que todo cristão é chamado a dar testemunho com a
sua vida, embora não chegue ao derramamento do sangue. O convite é para que
façam de si mesmo um dom a Deus e aos irmãos.
O Pontífice voltou a repetir
que os mártires são mais numerosos no nosso tempo do que nos primeiros séculos.
Citou o Iêmen como terra de martírio, lembrando os religiosos e leigos que ali
perderam a vida recentemente.
“Portanto, oremos para não nos
cansarmos de dar testemunho do Evangelho até em tempos de tribulação. Que todos
os santos e santas mártires sejam sementes de paz e de reconciliação entre os
povos, por um mundo mais humano e fraterno, à espera que se manifeste
plenamente o Reino dos céus, quando Deus será tudo em todos.”
Via:
Canção Nova
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