O Ministério da Educação (MEC)
vai suspender a implementação do novo ensino médio e a adaptação ao novo
currículo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 2024, elaborado por
Milton Ribeiro, então ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O
Metrópoles apurou que uma portaria determinando a suspensão foi elaborada e
será publicada nos próximos dias.
A interrupção dura, inicialmente, até o fim do prazo da consulta pública sobre o tema. São 90 dias, que se iniciaram em março, e mais 30 dias para o MEC elaborar e divulgar um relatório com as conclusões. O novo ensino médio amplia o tempo mínimo do estudante na escola e flexibiliza a organização curricular. A proposta tem sido alvo de protestos de diferentes parcelas da sociedade, como movimentos estudantis, que pedem a revogação da reforma aprovada durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB).
No início de março, o ministro da Educação, Camilo Santana, sinalizou que revogar a reforma não estava no radar do governo federal. Ele defendeu uma revisão do novo ensino médio durante agenda em Recife (PE), onde participou da cerimônia de posse da presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Márcia Angela Aguiar.
Além das disciplinas obrigatórias, os alunos escolhem um
itinerário formativo, que inclui outras matérias e projetos direcionados. São
quatro opções: Matemáticas e suas tecnologias; Linguagens e suas tecnologias;
Ciências da natureza e suas tecnologias; e Ciências humanas e sociais
aplicadas.
Os estudantes deixam de ter carga horária de 800 horas por
ano e passam a ter mil horas por ano. Do mínimo de 3 mil horas nos três anos do
ensino médio, 1,8 mil devem ser dedicadas às disciplinas tidas como
obrigatórias de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). As 1,2 mil
horas complementares precisam ser preenchidas com os itinerários formativos.
Via: Metrópoles
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