domingo, 30 de abril de 2023

MUNDO CRSTÃO: Em missa na Hungria, Papa Francisco pede que portas sejam abertas aos imigrantes

"Abramos as portas": o Papa Francisco fez um apelo vibrante pela acolhida aos imigrantes em Budapeste, durante uma missa ao ar livre que reuniu dezenas de milhares de pessoas, neste domingo (30), último dia de sua visita à Hungria.

A mensagem de mais abertura foi destacada durante toda a estadia de Francisco no país, uma crítica indireta à política de exclusão do primeiro-ministro nacionalista húngaro, Viktor Orban. Na manhã deste domingo, dezenas de milhares de pessoas se reuniram para ver o papa celebrar uma missa ao ar livre, às portas da Ucrânia devastada pela guerra.

O Papa Francisco chegou ao local da cerimônia, em Budapeste, por volta das 9h (04h00 de Brasília) a bordo de seu "Papamóvel". A praça Kossuth Lajos fica atrás do Parlamento, localizado às margens do Danúbio, no coração da capital húngara. Os fiéis, incluindo muitas famílias, se aglomeravam sob o sol, resguardados por um importante dispositivo de segurança. Cerca de 50.000 pessoas estiveram presentes, segundo as autoridades locais.

"É algo único, fascinante ver o papa de tão perto", disse Levente Kiss, um estudante húngaro de 21 anos, que já havia conhecido o soberano pontífice no dia anterior e saudado a sua mensagem de abertura. Esta tarde, o jesuíta argentino de 86 anos fará um discurso final para representantes do mundo cultural e científico, na Universidade Católica de Budapeste. O papa retornará a Roma no início da noite e dará a sua tradicional coletiva de imprensa no avião, aos jornalistas que o acompanham.

A 41ª viagem internacional de Francisco – a segunda a Budapeste após uma visita rápida em setembro de 2021 – é marcada em particular pela guerra na vizinha Ucrânia e pelo tema da migração, em um país que recentemente construiu cercas em suas fronteiras e deteve refugiados em "áreas de trânsito". Desde a sua chegada, na sexta-feira (28), Francisco alertou contra o "fechamento" de portas, denunciou a ascensão do nacionalismo e pediu uma "redescoberta da alma europeia" face ao "infantilismo belicoso".

Apesar das dores persistentes no joelho que o obrigam a usar uma cadeira de rodas, Francisco parecia estar em boa forma, um mês após ter sido hospitalizado. Ele é o segundo papa a visitar o país da Europa Central, depois de João Paulo II, em 1991 e 1996.

(Com informações da AFP)

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