O
conselho de governadores do banco, formado pelos ministros da Fazenda dos
países fundadores, mais os representantes dos quatro novos integrantes
(Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai), se reúne por
videoconferência e vota a indicação de Dilma em reunião interna. A petista foi
sabatinada pelas autoridades estrangeiras ao longo deste mês, depois que o NDB
comunicou o início da troca de comando.
Dilma
deve ganhar cerca de US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões) por ano à frente da
instituição, equivalente ao valor pago pelo Banco Mundial. Procurado, o NDB não
se manifestou. O banco ainda oferece benefícios como assistência médica,
auxílio-viagem para o país de origem, subsídios para mudança em caso de
contratação e desligamento, além de transporte aéreo. Ela substituirá o
diplomata e economista Marcos Troyjo, que era da equipe de Paulo Guedes.
Pedaladas
A
ex-presidente – que teve o impeachment aprovado pela Câmara e pelo Senado em um
processo legal tendo como justificativa crime de responsabilidade pela prática
das chamadas “pedaladas fiscais” (atrasos de pagamentos a bancos públicos) e
pela edição de decretos de abertura de crédito sem a autorização do Congresso –
foi candidata única, escolhida por Lula. O mandato dela vai até julho de 2025.
Os presidentes da instituição costumam ser eleitos por unanimidade.
O banco dos Brics foi criado após reunião de cúpula dos chefes de Estado, realizada em Fortaleza, em 2014, durante o mandato de Dilma como presidente. Uma das intenções era ampliar fontes de empréstimos e fazer um contraponto ao sistema financeiro e instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Atualmente, a carteira de investimentos é da ordem de US$ 33 bilhões.
A
ex-presidente foi cassada num contexto político de perda de governabilidade do
Executivo. Foi acusada formalmente ter cometido “pedaladas fiscais”, uma
manobra para maquiar as contas públicas. Na esteira da turbulência política, a
gestão Dilma no Planalto resultou numa grave crise econômica.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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