As
autoridades italianas encontraram nesta quarta-feira (15) os corpos de mais
cinco vítimas de um naufrágio no início do mês na costa da
Calábria, elevando para 86 o número de mortos em
um dos piores desastres migratórios da história recente da Europa.
A tragédia gerou acusações contra o governo de extrema direita da Itália
por supostamente deixar de socorrer migrantes em águas italianas. Os cinco corpos encontrados nesta quarta são de um menino de sete
ou oito anos, uma menina de três anos, dois homens e uma mulher, segundo a
polícia. Eles estavam no barco de madeira que partiu de Izmir, na
Turquia, e naufragou da costa da Calábria, no sul da Itália, com cerca de 180
pessoas a bordo, de acordo com o ministro do Interior, Matteo Piantedosi.
A embarcação, segundo a principal suspeita, se chocou durante a noite
contra um recife perto da cidade litorânea de Steccato di Cutro, na costa da
Calábria, e quebrado. Havia apenas alguns coletes salva-vidas
espalhados entre os escombros. O ministro disse que 80 pessoas
sobreviveram, o que significa que cerca de 15 permanecem
desaparecidas. Mais de duas semanas após a tragédia, a guarda
costeira da Itália, bombeiros e polícia de fronteira ainda estão procurando por
eles.
Barcos da polícia tentaram interceptar o barco antes que ele afundasse,
mas não conseguiram alcançá-lo devido ao mau tempo. Mas Organizações
Não-Governamentais e políticos da oposição questionaram o governo por que os
navios da guarda costeira, mais bem equipados para enfrentar o alto-mar, não
foram mobilizados em seu lugar.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, alegou que "o
governo, eu mesma, fui acusada de coisas atrozes, mas minha consciência está
limpa". Meloni enfrentará uma rodada de perguntas de parlamentares sobre
os naufrágios ainda nesta quarta-feira.
Via: G1
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