O Papa Francisco, internado na
quarta-feira (29) com dificuldade para respirar, terá alta no sábado (1º),
afirmou nesta sexta-feira (31) o Vaticano.
Um
porta-voz do pontífice afirmou que ele passa bem e já até comeu pizza com os
médicos na noite de quinta-feira (30). Com a alta, Francisco poderá presidir
todos os ritos da Semana Santa no Vaticano – ele deve presidir a missa do
Domingo de Ramos, em 2 de abril, que marca o início das celebrações da Páscoa.
Ainda de acordo com o boletim,
Francisco passou uma segunda noite “tranquila” no hospital Agostino Gemelli, em
Roma, para onde ele foi levado na manhã de quarta após passar mal e sentir
dificuldade para respirar. Ele foi diagnosticado com bronquite infecciosa e
está sendo tratado com antibiótico. Na noite de quinta-feira (30), a equipe
médica afirmou estar otimista com o estado de saúde do pontífice, de 86 anos.
Em um boletim médico, a previsão era para que ele tivesse alta “nos próximos
dias”.
O papa, que tem problemas
crônicos de saúde e utiliza uma cadeira de rodas por conta de dores em um
joelho, está hospitalizado no quarto particular reservado aos pontífices no 10º
andar do hospital. O local é o mesmo no qual João Paulo II foi internado
diversas vezes durante seu papado. No Twitter, o pontífice afirmou na
quinta-feira que estava “comovido com as muitas mensagens recebidas” e
agradeceu pela “proximidade e oração”. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou melhoras a Francisco também
pelas redes sociais.
“Jill e eu mantemos o papa
Francisco em nossas orações e enviamos nossos melhores votos para sua rápida e
completa recuperação”, escreveu Biden. “O mundo precisa do papa Francisco”,
acrescentou. Em 2021, o pontífice argentino também ficou no mesmo hospital para
uma cirurgia no cólon. Na ocasião, ele disse que a operação deixou “sequelas”
devido à anestesia, e, por isso, descartou se submeter a uma nova intervenção
no joelho.
Por conta disso, ele tem
recorrido à cadeira de rodas e cancelado várias audiências em 2022, além de ter
adiando uma viagem à África, o que levantou questionamentos sobre uma possível
renúncia. Ele tem uma equipe médica frequente também por conta de sua condição
pulmonar – quando tinha 21 anos, ele teve de retirar uma parte de um dos
pulmões por conta de uma pleurisia.
O líder da Igreja Católica
sempre deixou em aberto a possibilidade de seguir o exemplo do antecessor,
Bento XVI, que renunciou ao cargo em 2013. Mas suas mensagens sobre o tema são
ambivalentes. Em julho de 2022, ele disse que poderia “afastar-se”, mas em
fevereiro afirmou que a renúncia de um papa “não deveria se tornar uma moda” e
que a ideia “não estava em sua agenda no momento”.
Por Agência France Presse.
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