O Rio Grande do Norte
registrou 69 novos casos de hepatites virais A, B e C entre janeiro e abril
deste ano, número 24,1% menor que no mesmo período de 2024, quando houve 91
notificações. Apesar da redução, a hepatite C continua sendo a mais incidente
no Estado, respondendo por 59,4% dos casos no quadrimestre, conforme Boletim
Epidemiológico divulgado nesta segunda-feira 7, pela Secretaria de Estado da
Saúde Pública (Sesap).
Do total de casos em 2025,
foram confirmados dois de hepatite A, 26 de hepatite B e 41 de hepatite C. A
maior concentração de registros permanece na 7ª Região de Saúde, que abrange
Natal, Parnamirim, Macaíba, Extremoz e São Gonçalo do Amarante. Só a capital
potiguar concentrou 1 caso de hepatite A, 25 de hepatite B e 67 de hepatite C
ao longo de 2024, mantendo-se como principal área de incidência também neste
ano.
Outros municípios com
registros expressivos de hepatite C foram Mossoró, Caicó, Currais Novos e Pau
dos Ferros, distribuídos por diferentes regiões de saúde. A análise da faixa
etária mostra que a hepatite C atinge principalmente pessoas com 60 anos ou mais,
enquanto a hepatite B se concentra em adultos entre 30 e 49 anos. A hepatite A,
que historicamente afetava crianças, apresentou apenas dois registros neste
início de ano.
Formas de transmissão das
hepatites
Entre as formas prováveis de
transmissão, o relatório aponta que muitos casos não têm a via de infecção
informada, o que dificulta a análise epidemiológica. Nos casos em que houve
identificação, a hepatite A foi atribuída ao consumo de água ou alimentos contaminados,
enquanto a hepatite B teve como principal via a transmissão sexual.
A hepatite C apresentou ligações com transfusões, relações sexuais e uso de drogas, mas mais da metade das notificações não indicaram a provável causa. Em relação à mortalidade, foram registrados três óbitos no primeiro quadrimestre de 2025, mesmo número do ano passado. No acumulado de 2014 a 2024, o estado contabilizou 180 mortes por hepatites virais, sendo a maioria por hepatite C (54,4%).
A taxa de detecção da hepatite
C no Rio Grande do Norte, em 2024, foi de 4,2 casos por 100 mil habitantes,
acima da média do Nordeste (2,6), mas abaixo da média nacional, que chegou a
7,6 casos por 100 mil habitantes. A 7ª Região de Saúde, que inclui Natal,
concentrou mais da metade das mortes registradas no estado no período
analisado.
Via: Agora
RN


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