A Procuradoria-Geral da
República (PGR)
apresentou as alegações finais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),
apontando possibilidade de penas que somadas podem chegar a 43 anos de prisão.
O documento foi protocolado na noite de segunda-feira 14 pelo procurador-geral
da República, Paulo Gonet, e enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação penal trata do chamado
“núcleo 1” da trama golpista, que envolve os principais líderes do esquema
investigado por tentativa de ruptura do Estado Democrático de Direito. A PGR
reforçou que Bolsonaro exerceu papel central na articulação de atos que,
iniciados em 2021, culminaram nos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de
janeiro de 2023.
A peça da PGR lista cinco
crimes atribuídos a Bolsonaro,
com respectivas penas previstas no Código Penal. A soma das penas máximas pode
alcançar até 43 anos de prisão, caso a Primeira Turma do STF opte por aplicar a
punição mais severa para cada crime.
Confira os crimes apontados e
as penas correspondentes:
Organização criminosa armada
Associação de quatro ou mais pessoas, com divisão de tarefas, para cometer
crimes com uso ou acesso a armas de fogo.
Pena prevista: de 3 a 8 anos de prisão, podendo chegar a 17 anos com
agravantes, como participação de servidor público.
Tentativa de abolição violenta
do Estado Democrático de Direito
Ato de tentar, com violência ou grave ameaça, abolir o estado democrático de
direito e restringir o exercício de poderes constitucionais.
Pena prevista: de 4 a 8 anos de prisão.
Golpe de Estado
Tentativa de depor o governo legalmente constituído por meio de violência ou
ameaça.
Pena prevista: de 4 a 12 anos de prisão.
Dano qualificado pela
violência ou grave ameaça
Destruição ou dano a bens públicos ou privados com emprego de violência ou
ameaça.
Pena prevista: de 6 meses a 3 anos de prisão.
Deterioração de patrimônio
tombado
Dano causado a bens históricos, culturais ou ambientais protegidos por lei.
Pena prevista: de 1 a 3 anos de prisão.
As acusações ainda estão sendo analisadas pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro nega todas as acusações.
Via: Agora RN


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