O Ministério Público do Rio
Grande do Norte (MPRN) deflagrou, nesta quinta-feira (31), a operação “Vereda
Grande”, com o objetivo de desarticular um esquema milionário de lavagem de
dinheiro que abastecia a facção criminosa Sindicato do Crime.
Ao todo, foram cumpridos oito
mandados de busca e apreensão em Natal, Assu e na cidade de São Paulo (SP). A
ação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) do MPRN e contou com apoio da Polícia Militar potiguar e de forças de
segurança de São Paulo.
As investigações apontam que o
grupo utilizava “laranjas” para movimentar valores obtidos com o tráfico de
drogas e outras atividades ilícitas. Somente entre 2022 e 2024, o principal
investigado, que não possui renda lícita, movimentou mais de R$ 1,1 milhão
em sua conta bancária. Outra investigada, com salário declarado de cerca de R$
1.600, transacionou R$ 1,3 milhão no mesmo período.
A apuração revelou ainda que
familiares dos suspeitos também participavam do esquema, utilizando contas e
e-mails em comum, além de realizarem diversas operações suspeitas. Alguns dos
investigados eram beneficiários de programas sociais, como o Auxílio Emergencial
e o Bolsa Família.
Segundo o MPRN, a operação
enfraquece o núcleo financeiro da facção, dificultando o financiamento de
crimes como tráfico de drogas e compra de armas. A Vereda Grande é um
desdobramento da operação Sentinela, que já havia denunciado uma mulher por
envolvimento com a mesma organização criminosa e levou à descoberta de
transações suspeitas que ultrapassaram R$ 300 mil em apenas dois meses.
Durante o cumprimento dos
mandados, foram apreendidos dinheiro, eletrônicos, cartões e documentos, que
serão analisados para identificar novos envolvidos e aprofundar as provas sobre
a lavagem de capitais.


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