O
número de casos de dengue no Brasil caiu 78% nos seis primeiros meses de 2025,
em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Ministério da Saúde,
foram 1,2 milhão de infecções confirmadas até junho deste ano, contra 5,6
milhões registradas no primeiro semestre de 2024, ano em que o país bateu
recorde histórico de notificações e mortes pela doença.
Apesar
da retração, o cenário ainda inspira atenção. O país já contabiliza 1.437
mortes por dengue em 2025, e o coeficiente de incidência nacional está em 695,8
casos por 100 mil habitantes, mais que o dobro do limite considerado epidêmico
pela Organização Mundial da Saúde (300 por 100 mil).
A
região Sudeste lidera em número de casos prováveis, concentrando 69,5% das
ocorrências, com destaque para São Paulo, que registra o maior índice de
incidência do país: 1.840,1 casos por 100 mil habitantes. Goiás (1.146,8) e
Acre (1.024,7) também apresentam taxas elevadas.
Especialistas
atribuem parte do avanço da dengue nos últimos anos ao aumento das
temperaturas, que favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti em regiões
anteriormente menos afetadas, como o Sul do país. Em 2024, o Brasil encerrou o
ano com mais de 5,9 milhões de casos confirmados e 6.297 mortes, número
superior à soma dos óbitos por dengue entre 2016 e 2023.
Com a
queda nos registros em 2025, os números se aproximam dos patamares de 2023,
quando o país teve cerca de 1,2 milhão de casos confirmados até o mês de junho.


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