O governo de Donald Trump
iniciou nesta semana a primeira leva de deportações de imigrantes ilegais.
Autoridades prenderam 538 pessoas e deportaram centenas delas em aviões
militares, segundo relatório divulgado na noite de quinta (23) pela Casa
Branca.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse no comunicado que os presos eram “imigrantes ilegais criminosos”. Leavitt não especificou, no entanto, para onde os deportados foram enviados — o processo de deportação costuma ser demorado e envolve a existência prévia de acordos bilaterais ou negociações com o país de origem dos imigrantes.
“A maior operação de deportação em massa da história está em andamento. Promessas feitas. Promessas cumpridas”. No Brasil, a Polícia Federal disse que um voo com cidadãos deportados dos EUA — o primeiro para o Brasil da gestão Trump — chegará a Belo Horizonte na noite desta sexta.
Uma reportagem do jornal “The
New York Times” publicada nesta sexta-feira (24) afirma que o governo Trump
concedeu a autoridades da Agência de Imigração e Fronteiras dos EUA (ICE, na
sigla em inglês) o poder de fazer deportações instantâneas — ou seja, devolver
para o território mexicano indivíduos que acabaram de entrar, o que, pelas leis
internacionais, é proibido —, o que pode ter acelerado o processo.
A Casa Branca alegou que todos
os imigrantes detidos na megaoperação de quinta-feira já tinham algum tipo de
condenação na Justiça norte-americana. Na maioria dos casos, as condenações
foram sentenciadas há poucos dias.
A condenação de imigrantes
ilegais não necessariamente justifica, pela lei, a deportação deles, apenas a
detenção — a devolução a seus países depente da gravidade do crime, de um
pedido de extradição do país de origem ou de se o processo de avaliação de se
esse indivíduo teria direito ao visto de refugiado foi reprovada.
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