Neste sábado, 24, o Papa
Francisco recebeu um grupo da Rede Internacional de Legisladores Católicos
(ICLN). Os membros da associação privada apartidária que nasceu em Trumau (na
Áustria) em 2010 participam de uma conferência anual realizada em Roma.
O tema do encontro deste ano é
“O mundo em guerra: crises e conflitos permanentes – o que isso significa para
nós?”. Na audiência, o Pontífice sublinhou que ele é mais atual do que nunca,
indicando que a situação de uma “Terceira Guerra Mundial em pedaços” parece
permanente e irreprimível.
Renunciar à guerra
Diante disso, o Santo Padre
convidou os presentes a pensarem sobre qual é a resposta esperada por parte de
todos os homens de boa vontade. Ele apresentou alguns pontos para reflexão,
iniciando pela renúncia à guerra como um meio de resolver conflitos e estabelecer
a justiça.
Francisco também afirmou que o desenvolvimento dos armamentos contemporâneos tornou “os critérios tradicionais para os limites da guerra obsoletos” e que, em muitos casos, “a distinção entre alvos militares e civis é cada vez mais inconsistente”. “Precisamos ouvir o grito dos pobres, das viúvas e dos órfãos mencionados na Bíblia, ver o abismo do mal que está no coração da guerra e decidir, com todos os meios possíveis, a opção pela paz”, expressou o Papa.
Buscar a paz por meio do
diálogo
Na sequência, apontou para a necessidade de perseverança e paciência na busca do caminho da paz como segundo ponto para reflexão. “O diálogo deve ser a alma da comunidade internacional, facilitado pela confiança renovada nas estruturas de cooperação internacional”. O Pontífice sublinhou que os presentes, como legisladores, sabem o que significa enfrentar um conflito. Desta forma, pontuou que, “às vezes, os conflitos podem ser inevitáveis, mas só podem ser resolvidos de maneira proveitosa em um espírito de diálogo e sensibilidade para com os outros e suas razões, e em um compromisso comum com a justiça na busca do bem comum”.
Finalizando seu discurso, o
Santo Padre sugeriu que o mundo, cansado da guerra, precisa renovar o espírito
de esperança. “”Que seu compromisso com o bem comum, sustentado pela fé nas
promessas de Cristo, sirva de exemplo para nossos jovens”, concluiu.
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