Os Estados Unidos apresentaram
nesta sexta-feira (16) uma nova proposta de cessar-fogo na guerra em Gaza que
permitirá a "rápida implementação do acordo" caso ele seja aceito por
todas as partes
A nova proposta apresentada
nesta sexta-feira (16) uma nova proposta de cessar-fogo na guerra em Doha,
no Catar, com a
presença de representantes de Israel e dos mediadores
do conflito -- EUA, Egito e Catar. O Hamas não quis
participar. O governo dos Estados Unidos afirmou que os negociadores acreditam
ter uma proposta pronta. A esperança é que um acordo seja concluído no Cairo,
no Egito, na próxima semana.
Em comunicado comum, os
participantes das conversas afirmaram que a proposta de Washington
"resolve as lacunas restantes" nas negociações e permite um
cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
"As conversas foram
construtivas (...). Os EUA, com apoio do Egito e do Catar, apresentaram a ambas
as partes uma proposta edificante que é "consistente com os princípios
estabelecidos pelo presidente Joe Biden em 31 de maio (durante outra rodada de
negociações) e resolve lacunas que permaneceram".
Já um alto comandante
do Hamas disse à agência de notícias Reuters que a proposta dos EUA não cumpre
pontos combinados no último encontro, em 2 de julho. O integrante do grupo
terrorista não especificou os pontos que, segundo ele, não foram cobertos. As conversas
foram concluídas nesta sexta-feira, e Israel levará a proposta de
Washington para ser analisada. O texto também será entregue ao Hamas. Os
Estados Unidos afirmam que a proposta resolve quase todas as travas para o
acordo.
O governo de Israel elogiou "os esforços dos Estados Unidos e dos mediadores" e disse esperar que os negociadores "convençam o Hamas a aceitar a devolução dos reféns". A proposta original prevê um cessar-fogo imediato e permanente por parte de Israel que leve ao fim gradual da guerra na Faixa de Gaza. Em troca, o Hamas devolveria os 111 reféns que, segundo Israel, ainda estão sob poder do grupo.
Otimismo
A Casa Branca está otimista, e, na quinta-feira (15), disse que as negociações de paz tiveram "um início promissor" Nesta sexta, o Departamento de Estado anunciou que o secretário da pasta, Antony Blinken, se encontrará na segunda-feira (19) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Kirby falou que alguns temas ainda são obstáculos para o acordo e os enumerou:
"Os obstáculos que ainda persistem podem ser superados para concluir este processo. Precisamos da libertação dos reféns, de ajuda aos palestinos em Gaza, de segurança para Israel e de menos tensões na região. Exigimos que isso aconteça o mais rápido possível".
Desafios do cessar-fogo
A marca dos 40 mil mortos no conflito entre Israel e o Hamas foi atingida no mesmo dia em que as negociações sobre um cessar-fogo em Gaza foram retomadas.
As conversas começaram nesta manhã e devem se estender pelo fim de semana. Representantes de Israel, dos Estados Unidos e do Egito e do Catar, que mediam as conversas, voltaram a se reunir em Doha para tentar destravar a trégua, que vem sendo debatida há meses, mas não avança por falta de consenso entre as partes.
A proposta é que Israel deixe de bombardear Gaza de forma permanente, encaminhando a região para um fim gradual da guerra. Em troca, o Hamas devolve os reféns ainda sob poder do grupo e se compromete a não exercer novos ataques.
No entanto, a nova rodada para tentar destravar um cessar-fogo já começa com poucas chances de prosperar. Isso porque o Hamas se negou a participar das negociações por conta do assassinato de seu então líder, Ismail Haniyeh, em Teerã, no Irã, há duas semanas.
O Hamas, o Irã e diversos países do Oriente Médio culpam Israel, que não confirmou nem negou autoria no assassinato.
Na quarta-feira (14), mesmo às vésperas da retomada das negociações, Israel fez um novo bombardeio na Faixa de Gaza. Também na quarta-feira, um homem afirmou que seus filhos, gêmeos e recém-nascidos, morreram atingidos por um ataque aéreo no momento em que o pai registrava as crianças.
Fonte: G1
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