Segundo
o jornal, o número representa 0,23% dos servidores estatutários (aprovados em
concurso e que possuem estabilidade no cargo). A maior parte do gasto está
concentrado nos Estados com R$ 2,54 bilhões, cerca de 60%. Na União, o valor é
de R$
900 milhões e, nos municípios, R$ 440 milhões.
Em
2022, o valor máximo recebido por um servidor foi de R$ 302,2 mil mensais. O
montante equivale a quase oito vezes o teto em vigência da época. Os
“supersalários” aumentam devido aos chamados “penduricalhos”, benefícios que
somam ao valor da remuneração.
Os
dados foram computados pelo Centro de Liderança Pública (CLP), com base
na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) de 2022, do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O documento da CLP
aponta que, mesmo com a exclusão das indicações legítimas, o impacto anual
seria de R$ 3 bilhões. O valor se aproxima com a verba de R$ 3,5
bilhões prevista para o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima em 2023.
Em
2021, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que tem como objetivo combater
os supersalários de agentes públicos. O texto está a espera de relator na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Em
maio deste ano, o procurador-geral da República, Augusto Aras, criou um novo
benefício aos servidores. O penduricalho prevê o crescimento de até R$ 11 mil
na folha de pagamento por mês de procuradores em férias, licença ou
recesso. Procuradores afastados para atuar em associações de classe
também estão entre os contemplados.
Via: Bahia. BA
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