Com o resultado ruim do Rio
Grande do Norte no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb),
especialistas ouvidos pela Tribuna do Norte criticaram os resultados do Estado
e apontam que uma melhora da educação potiguar passa pelo fortalecimento da educação
básica, coordenação de políticas públicas por parte das esferas estadual e
federal de governo e repactuação de metas do Plano Nacional de Educação.
Com
uma nota de 2,8, o Rio Grande do Norte aparece em último lugar no ranking do
Ideb que mede a qualidade do ensino médio, entre todas as unidades federativas
do País.
Ativista
da área, a ex-presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Natal e
ex-secretária de Educação da capital, Eleika Bezerra, diz que a justificativa
para o péssimo desempenho do Estado “não é plausível” e defende o
fortalecimento da educação básica. “Não é plausível porque isso já vem de muito
tempo. Há muito tempo que figurávamos entre o terceiro e o segundo pior ensino
médio do País. A diferença agora é que a gente é o pior, então esse resultado
não surpreende. A situação é preocupante e precisamos reverter esse cenário
logo. Se fala muito em ensino superior, que é muito importante, não estou
dizendo que não é, mas é preciso focar na base. O próprio nome já diz: ensino básico”,
destaca a educadora.
O
especialista em gestão escolar e coordenação pedagógica, Gustavo Fernandes, faz
uma ressalva em relação aos dados e diz que é precisa fazer uma análise mais
aprofundada de cada município, mas reforça que a falta de padronização de
políticas públicas para a educação contribuiu para o cenário revelado pelo
Ideb. “Não existiu uma política pública padronizada, ficou a cargo de cada
Município e Estado adotar sua política pública e isso reflete agora nessa
heterogeneidade, que a gente vê nos índices do Ideb”, disse.
Com informações de Tribuna do Norte
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