O presidente da Rússia,
Vladimir Putin, determinou pela primeira vez a mobilização de até 300 mil
reservistas para lutar na Guerra da Ucrânia, uma protelada admissão de que sua
campanha de 210 dias para subjugar o vizinho não vai como esperado.
Em pronunciamento pré-gravado na TV nesta manhã (madrugada
no Brasil), o russo disse também que irá proteger as populações de território
ocupados que pretende anexar após referendos a serem feitos em quatro regiões
ucranianas no leste e no sul do país a partir de sexta (23). E que está
disposto fazer isso com armas nucleares contra os EUA e aliados que apoiam
Kiev.
Segundo o presidente, a Rússia enfrenta 1.000 km de linhas
de frente contra o Ocidente na Ucrânia —uma referência ao fato de que os EUA e
aliados forneceram bilhões de dólares em armas e inteligência a Kiev. “Na sua
política agressiva antirrussa, o Ocidente cruzou todas as linhas”, disse Putin.
“Chantagem nuclear tem sido usada, e não estamos falando
apenas do bombardeio da usina de Zaporíjia. Mas também de pronunciamentos de
altos representantes da Otan sobre a possibilidade de usarem armas de
destruição em massa contra a Rússia”, afirmou o líder —no domingo (18), o
presidente americano Joe Biden havia alertado o russo a não usar a bomba,
insinuando reação proporcional.
“Eu gostaria de relembrar eles que nosso país também tem
vários meios de destruição, e em alguns casos eles são mais modernos do que
aqueles de países da Otan. Quando a integridade de nosso país é ameaçada, é
claro que que nós iremos usar todos os meios à nossa disposição para proteger a
Rússia e seu povo. Isto não é um blefe.
Via: Bahia BA
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