terça-feira, 6 de setembro de 2022

MUNDO: Um palestino morre e 16 feridos em nova operação israelense na Cisjordânia

Um palestino morreu e outros 16 ficaram feridos nesta terça-feira (6) em uma nova operação do Exército israelense em Jenin, na Cisjordânia ocupada. A ação pretendia destruir a residência do autor de um ataque fatal em abril em Tel Aviv, anunciou o Ministério palestino da Saúde.

Fontes médicas e das forças de segurança identificaram o homem assassinado como Mohamad Sabaaneh, que foi atingido por um tiro na cabeça. "Um soldado atirou contra ele em seu jipe. Estávamos dormindo quando recebemos a ligação com a notícia de que estava gravemente ferido", disse à agência de notícias France Presse o pai da vítima, Musa Sabaaneh. Durante a noite, o Exército israelense anunciou uma operação em Jenin para destruir a residência do autor de um atentado que deixou três mortos em 7 de abril em Tel Aviv. O atentado foi executado por Raed Hazem, um palestino "sem vínculo conhecido" com algum grupo armado, segundo o serviço de inteligência de Israel, e que foi morto pela polícia após uma perseguição pelas ruas de Tel Aviv.

Sua família recorreu à Suprema Corte de Israel para impedir a demolição da casa, mas a apelação foi rejeitada no final de maio, segundo o exército. Na operação desta terça-feira, o Exército israelense alegou que enfrentou um "distúrbios violentos". "Os manifestantes queimaram pneus, atiraram pedras, coquetéis molotov e artefatos explosivos contra as forças israelenses", indicou o exército em um comunicado. A nota afirma ainda que os soldados "responderam com meios de dispersão de distúrbios" e que várias pessoas foram "atingidas" por tiros. Nenhum soldado ficou ferido no incidente.

De meados de março até o início de maio, 19 pessoas morreram em uma onda de ataques contra israelenses, em particular na região de Tel Aviv. Alguns ataques foram executados por árabes-israelenses ligados ao grupo Estado Islâmico (EI) e outros por palestinos, alguns deles procedentes de Jenin, reduto das facções armadas no norte da Cisjordânia.

Via: G1

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