A Ucrânia destruiu mais de 40 aviões com capacidade nuclear na Sibéria neste domingo (1). A operação, chamada de Teia de Aranha, pareceu tirada de um roteiro de ação de Hollywood, com drones saindo de compartimentos escondidos em contêineres.
O ataque surpreendeu pelo
local, a mais de 4.000 km do front da guerra, e o método de ação, que usou
caminhões para levar contêineres com drones e explosivos escondidos no teto. As
autoridades russas foram pegas de surpresa pela Ucrânia. A Rússia considerou os
ataques como um ato terrorista.
O presidente Volodimyr
Zelensky considerou a operação como “brilhante” e “nossa operação de maior
alcance”. Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram
aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk,
a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte
russo, como Murmansk.
Onde ocorreu a operação?
Essa distância vai além do
alcance de drones de ataque de longo alcance ou mísseis balísticos do arsenal
ucraniano e precisou de um esquema especial para levar os drones até os alvos. A
Rússia disse ainda que conseguiu reprimir ataques na região de Amur, no extremo
leste do país, e em Ivanovo e Ryazan, no oeste.
A operação Teia de
Aranha transportou os drones por caminhões para o território russo,
escondidos no teto de contêineres. Os drones estavam armados com explosivos e
foram colocados entre painéis de madeira no teto de contêineres. Antes do
ataque, esses contêineres foram levados de caminhão ao perímetro das bases
aéreas. Na hora do ataque, o topo dos contêineres foi levantado por um
mecanismo remoto, permitindo aos drones voar e iniciar o ataque.
Quais aeronaves foram
atingidas?
Até o momento, as informações
das agências de notícias citam que foram atingidos 41 aviões estacionados em
diversos campos aéreos. A lista inclui bombardeiros A-50, Tu-95 e Tu-22M. Moscou
já usou o Tupolev Tu-95 e Tu-22, bombardeiros de longo alcance,
para lançar mísseis contra a Ucrânia. Os A-50 são usados para coordenar
alvos e detectar defesas aéreas e mísseis guiados. Diferentemente de mísseis,
que podem ser substituídos com facilidade, os aviões não devem ser
repostos tão cedo pela Rússia.
Segundo o jornal “Financial
Times”, citando a inteligência ucraniana, os ataques causaram mais de US$
7 bilhões em danos e que 34% da frota de aeronaves estratégicas de transportes
de mísseis foi atingida.
Quanto tempo levou o
planejamento da missão?
A operação Teia de Aranha
levou um ano e meio entre planejamento e ação e foi supervisionada
pelo presidente Volodimyr Zelensky e por Vasyl Maliuk, chefe da agência de
inteligência doméstica (SBU). O governo ucraniano informou que os Estados
Unidos não foram avisados previamente da operação Teia de Aranha.
Via: G1
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