Natal se destacou em 2024 como
a capital com a maior média de anos de estudo da região Nordeste, alcançando
11,7 anos entre pessoas com 15 anos ou mais, número superior à média nacional e
à de todas as capitais nordestinas.
O dado foi divulgado nesta
sexta-feira (13) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNAD Contínua – módulo Educação), do IBGE, e reflete avanços na trajetória
educacional da população da capital potiguar, onde a escolaridade é equilibrada
entre homens e mulheres.
O desempenho de Natal
contrasta com outras realidades dentro do próprio estado. No Rio Grande do
Norte como um todo, a média de anos de estudo foi de 9,6 anos, ainda a melhor
do Nordeste, mas com desigualdades marcantes. A taxa de analfabetismo no estado
caiu para 10,4%, mas segue alta entre os homens (13,5%) e entre idosos com mais
de 60 anos (27,8%). Já em Natal, o analfabetismo entre os mais velhos caiu para
12,7%, e entre a população em geral, o índice ficou em 4,7%.
A capital potiguar também
superou a média estadual nas taxas de escolarização por faixa etária. Entre os
adolescentes de 15 a 17 anos, a escolarização em Natal atingiu 98,9%, e entre
os jovens de 18 a 24 anos, 44,5% estavam inseridos no sistema educacional,
quase o dobro da média estadual nessa faixa. Esses dados mostram que a capital
avança na universalização da educação básica e na ampliação do acesso ao ensino
superior.
Ainda assim, a pesquisa aponta
que as desigualdades raciais persistem mesmo em Natal. Em 2024, entre as
pessoas com 60 anos ou mais, pessoas brancas tinham, em média, 10,9 anos de
estudo, enquanto pessoas pretas ou pardas alcançaram 9,5 anos. A diferença
também se reflete no ensino superior: a taxa de conclusão entre brancos ainda é
mais alta. Os dados reforçam que, embora Natal lidere em indicadores
educacionais, o desafio da equidade permanece no centro das políticas públicas.
Via: Tribuna
do Norte
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