O ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes decretou na tarde desta quarta-feira (18) a
prisão do coronel Marcelo Costa Câmara, que atuou como um dos principais
assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Moraes também determinou a
abertura de um inquérito contra Câmara e seu advogado, Eduardo Kuntz, por
suposta obstrução de Justiça em razão dos supostos contatos entre o advogado e
o tenente-coronel Mauro Cid.
Câmara é réu no chamado
“núcleo 2” da suposta tentativa de golpe de Estado. Ele já havio sido preso
anteriormente, mas recebeu liberdade provisória em 16 de maio de 2024, mediante
a imposição de medidas cautelares, entre as quais a proibição de utilização de
redes sociais (próprias ou por terceiros) e a proibição de comunicação com os
demais investigados por qualquer meio, inclusive por intermédio de terceiros.
Na terça-feira (17), Kuntz
protocolou no STF áudios de conversas que teria tido com Cid sobre a delação
premiada e pediu a anulação do acordo. Segundo o advogado, os contatos
começaram em 29 de janeiro de 2023 e foram retomados em 1º e 5 de março de 2024,
via Instagram e, posteriormente, em encontro pessoal em 7 de março de 2024.
Na decisão, Moraes afirmou que
a própria defesa de Câmara demonstrou o réu descumpriu as medidas cautelares
impostas nos autos da Pet. 12.100/DF, de ‘Proibição de utilização de redes
sociais próprias ou por terceira pessoa’ e “proibição de contato com os demais
investigados, inclusive por intermédio de terceiros’, revelando seu completo
desprezo por esta Suprema Corte e pelo Poder Judiciário e a continuidade de
práticas ilícitas”.
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