O catolicismo é a religião
mais predominante em todas as idades no Brasil, é o que apontam dados do Censo
Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
divulgados nesta sexta-feira (6). Apesar disso, a religião perdeu força entre a
população mais jovem, enquanto o número de evangélicos e pessoas sem religião
nesta faixa etária cresceu.
Segundo matéria do Folha de
São Paulo, o pico de evangélicos no país em 2022, representando 31,6% da
população, estava na faixa etária de 10 aos 14 anos, e o de pessoas sem
religião, 14,3%, no grupo de adultos de 20 a 24 anos de idade. Já a maior
distância foi detectada na faixa etária de 80 anos ou mais, com 72% de
católicos, 19% de evangélicos e 3,3% entre o grupo sem religião. O estado
também tem as duas maiores proporções de evangélicos mapeadas: 47,9% das
pessoas de 10 a 14 anos de idade e 46,1% entre o público de 30 a 39 anos.
Este padrão foi registrado em
todas as regiões do país, mas a análise por unidades federativas aponta algumas
especificidades locais, como no Acre, por exemplo, onde apenas a faixa de 50 a
59 anos de idade na proporção de católicos (44,3%) ultrapassa a de evangélicos
(43,7%).
A maior proporção de pessoas
que declarou não ter religião, por sua vez, foi registrada na faixa de 20 a 24
anos no Rio de Janeiro, com 25%. A segunda maior taxa também é entre a faixa de
25 a 29 anos do mesmo estado, com 24,3%. Em seguida estão os jovens de Roraima
na faixa de 20 a 24 anos de idade (23,1%).
Também no Rio de Janeiro estão
as três menores proporções de católicos registradas no Censo de 2022, com 30,8%
no grupo de 25 a 29 anos de idade, 31,4% para o público com 20 a 24 anos e
31,9% entre as pessoas com 15 a 19 anos. A maior proporção de católicos está no
grupo de 80 anos ou mais no Piauí (84,6%), seguida de perto pela mesma faixa
etária na Paraíba (83,6%).
Rondônia abriga a maior
proporção de evangélicos no país na faixa etária entre 80 ou mais anos de idade
(38,3%). Na sequência estão Roraima (35%) e o Acre (34,9%). As maiores
proporções de idosos (a partir de 60 anos de idade) sem religião aparecem no Rio
de Janeiro para os grupos de 60 a 69 anos (10,7%) e de 70 a 79 anos (8,6%). A
partir dos 80 anos, Roraima volta ao topo (8,8%).
No cenário nacional, a maior
proporção de espíritas estava no grupo de 60 a 69 anos de idade (2,7%). A de
umbandistas e candomblecistas, categoria que agrega outras religiões
afro-brasileiras, entre jovens de 25 a 29 anos (1,4%). Outras religiosidades também
se destacam nesta faixa, junto a de 30 a 39 anos, ambas com 4,4%. Tradições
indígenas ficam em 0,1% nas faixas de 10 a 39 anos.
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