Pacientes com lúpus e outras
doenças autoimunes têm até três vezes mais chances de desenvolver trombose,
embolia pulmonar e AVC devido a inflamações
nos vasos sanguíneos. Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e
Cirurgia Vascular (SBACV)
mostram que essas complicações respondem por 30% dos 25 mil óbitos anuais por
doenças circulatórias no país. A demora no diagnóstico – em média 2 anos –
agrava os casos.
“O paciente com lúpus, assim
como aquele que possui outras doenças autoimunes, precisa ser avaliado não
apenas pelo reumatologista, mas também por um cirurgião vascular. Muitas vezes,
os sinais iniciais são sutis — como dor, inchaço ou coloração anormal dos
membros — e podem ser erroneamente atribuídos à própria doença de base”,
alertou a médica angiologista Ilana Barros, referência no tratamento moderno de
varizes no Rio Grande do Norte.
O problema ocorre porque
condições como lúpus, arterite de Takayasu e esclerodermia desencadeiam
vasculites – inflamações que corroem paredes de veias e artérias. A SBACV
estima que 10% da população mundial sofra dessas doenças, mas menos da metade
faz acompanhamento vascular preventivo.
Ilana afirmou que a prevenção
e o acompanhamento médico são fundamentais para evitar complicações. “O
diagnóstico precoce pode mudar o prognóstico do paciente. Não podemos ignorar
que doenças autoimunes podem afetar a circulação, e essa relação precisa ser
levada a sério tanto pelos profissionais quanto pelos pacientes”.
Recentemente, a própria SBACV
reforçou em campanha nacional a importância de conscientizar a população sobre
as doenças vasculares sistêmicas e seus agravantes, como obesidade,
sedentarismo e, principalmente, condições inflamatórias crônicas, como as doenças
autoimunes.
A angiologista ressaltou que a
conscientização é um dos principais caminhos para reduzir o número de
complicações graves e mortes. “Se doenças autoimunes podem afetar a circulação?
A relação entre lúpus, vasculite e problemas vasculares é uma pauta urgente de
saúde pública. Levar informação de qualidade à sociedade é o primeiro passo
para salvar vidas”.
Via: Agora RN
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