A Justiça do Rio Grande do
Norte aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) contra
18 pessoas acusadas de lavagem de dinheiro e de integrar organização criminosa.
A ação faz parte da operação Argento, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrada no dia 14 de novembro, com
participação da Receita Federal e da Polícia Militar. A operação ocorreu
simultaneamente no Rio Grande do Norte, São Paulo, Bahia e Pará.
Segundo o MPRN,
o esquema criminoso investigado utilizava estratégias sofisticadas para lavar
dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Entre as práticas identificadas, se
destacam a criação de empresas de fachada, a compra e venda de imóveis de luxo,
operações financeiras em postos de combustíveis e até mesmo a aquisição de
cavalos de raça. No dia da operação, foi determinado o bloqueio de mais de R$ 2
bilhões da organização criminosa, além da indisponibilidade de bens de 101
pessoas.
De acordo com a denúncia do MP, aceita pela Justiça, os 18 acusados atuavam em
núcleos organizados em torno de um homem apontado como um dos líderes do PCC
fora das prisões, até o ano de 2022.
A investigação revelou que os recursos provenientes do tráfico de drogas e da
organização criminosa ingressavam no sistema financeiro principalmente por meio
desses intermediários. Após complexas movimentações financeiras, os valores
eram utilizados na construção, reforma e comercialização de imóveis de luxo, na
abertura de novas empresas de fachada, postos de combustíveis e outras
atividades.
Durante a investigação, o MPRN analisou 468 contas bancárias utilizadas no
esquema, nas quais foram movimentados R$ 1,6 bilhão entre 2014 e 2024. A
operação Argento evidenciou estrutura organizada própria do grupo, destinada à
lavagem de ativos, com funções claramente definidas entre seus membros.
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