O esquema vacinal contra poliomielite passa
a ser composto, exclusivamente, por uma dose de vacina inativada poliomielite
(VIP). A decisão do Ministério da Saúde em substituir as duas doses de reforço
com vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), a famosa ‘gotinha’, pela
injetável levou em conta as novas evidências científicas para proteção contra a
doença. Com o avanço tecnológico, será possível garantir uma maior eficácia do
esquema vacinal.
Atualmente, há cerca de 38 mil salas de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde
(UBSs) em todo o país. A meta do Ministério da Saúde é que a cobertura vacinal
alcance 95% até o fim deste ano. Em 2023, a cobertura da VIP foi de 86,5% e a
de VOP 78,2%, segundo as informações contidas na Rede Nacional de Dados em
Saúde (RNDS).
No Rio Grande do Norte, os percentuais de imunização foram de 83,47% para a VIP
e 76,52% para a VOP. Para o diretor do Departamento do Programa Nacional de
Imunizações (DPNI), Eder Gatti, a mudança é significativa e pode ser observada
no mundo inteiro. Países como o Estados Unidos e nações europeias já utilizam
esquemas vacinais exclusivos com a VIP. “O Ministério da Saúde está seguindo
uma tendência mundial e está substituindo as duas doses de reforço com a
gotinha por uma dose da vacina injetável, que tem uma plataforma mais segura e
protege muito bem as nossas crianças”, explicou Gatti.
O esquema vacinal anterior contemplava a administração de três doses da VIP aos
2, 4 e 6 meses e duas doses de reforço da VOP, a ‘gotinha’, aos 15 meses e aos
4 anos de idade. A partir de hoje, será necessária apenas uma dose de reforço
com VIP, aos 15 meses.
Desta forma o esquema vacinal passa a ser: 2 meses – 1ª dose; 4 meses – 2ª
dose; 6 meses – 3ª dose; 15 meses – dose de reforço. A nova estratégia para uso
do imunizante injetável é mais um passo para garantir que o Brasil se mantenha
livre da poliomielite. O país está há 34 anos sem a doença, graças à vacinação
em massa da população.
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