O diretor do hospital Kamal
Adwan, no norte de Gaza, e a agência de Defesa Civil do território informaram
que Israel efetuou
vários ataques contra o centro médico, um dos últimos ainda em funcionamento na
região, nesta sexta-feira (6).
"Houve uma série de
ataques aéreos nos lados norte e oeste do hospital, acompanhados de tiros
intensos e diretos", afirma o diretor Hossam Abu Safieh, que também contou
que quatro funcionários morreram e não há mais cirurgiões no local. O Exército
israelense invadiu o hospital Kamal Adwan diversas vezes desde o início da
guerra, há quase 14 meses. Desde o início
da operação israelense no norte de Gaza, no início de outubro, o hospital
praticamente não recebeu nenhuma ajuda e a maioria dos suprimentos, incluindo
combustível, chegou ao fim.
O Exército de Israel ainda não se
pronunciou sobre os relatos de ataques. Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil
de Gaza, informou que o Exército israelense entrou no hospital Kamal
Adwan, retirou os pacientes e prendeu vários palestinos. "Pelo menos
29 pessoas morreram e dezenas de outras ficaram feridas no norte da Faixa de
Gaza desde a manhã de sexta-feira, após os bombardeios israelenses em torno do
hospital Adwan e ataques de drones contra o hospital", declarou à AFP o
porta-voz.
A operação ocorre poucos dias
após a Organização Mundial da Saúde (OMS)
relatar que uma equipe médica de emergência conseguiu entrar no hospital pela
primeira vez em 60 dias. Nesta sexta, após os relatos, a agência de saúde
das Nações Unidas disse que não tem nenhuma indicação de que um alerta tenha
sido emitido antes do bombardeio israelense ao hospital. Rik Peeperkorn,
representante regional da OMS,
ressaltou que o fato de o ataque ao hospital ter ocorrido apenas uma semana
depois de as autoridades israelenses terem facilitado a entrada de uma equipe
médica de emergência indonésia no hospital é particularmente preocupante.
"Em uma semana, eles se sentem forçados, assustados, seja lá o que for, a sair. Isso é extremamente preocupante e nunca deveria acontecer", lamentou ele, revelando que o local está atualmente "minimamente funcional". A cidade de Beit Lahia, onde fica o hospital, é cenário de uma intensa operação militar israelense nos últimos dois meses, situação que se intensificou nos últimos dias e obrigou milhares de pessoas a fugir sob os bombardeios.
Via: G1
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