O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) já admite que 2026 será decisivo para seu projeto político e, por
isso, deve autorizar a saída de ao menos 22 ministros para disputar as
eleições. A declaração foi feita em dezembro de 2025, durante reunião na Granja
do Torto, quando Lula chamou o próximo pleito de “ano da verdade” e cobrou que
quem deixar o governo “ganhe o cargo que vai disputar”. O prazo legal de
desincompatibilização termina em abril, seis meses antes do primeiro turno.
Caso o número se confirme, a
debandada atingirá cerca de 56% dos 39 ministros atuais, superando
proporcionalmente as saídas registradas nos governos Bolsonaro, Temer e Dilma.
Lula tenta o quarto mandato no Planalto e pressiona seus auxiliares por compromisso
político, ao mesmo tempo em que prepara uma reforma profunda no primeiro
escalão para acomodar aliados e recompor forças no Congresso.
Entre os nomes mais cotados
para deixar o governo estão figuras centrais da administração. Gleisi Hoffmann
deve disputar a Câmara pelo Paraná; Rui Costa é apontado como candidato ao
Senado pela Bahia; Fernando Haddad avalia concorrer ao governo ou ao Senado em
São Paulo; e Simone Tebet e Márcio França também aparecem com planos
eleitorais. O Centrão concentra parte relevante dessas movimentações,
especialmente em disputas ao Senado.
Na reunião, Lula também cobrou
definição dos partidos que ainda mantêm posição ambígua sobre sua reeleição,
com recados diretos ao PSD, MDB e Republicanos. Segundo o presidente, 2025 será
“o ano da colheita”, enquanto 2026 exigirá alinhamento total do governo e de
seus aliados para sustentar o projeto de continuidade no poder.
Com informações do Poder360


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